SER SOLIDÁRIO EM TEMPO DE CRISE Nota da CDJP de Coimbra
Nota da Comissão Diocesana de Coimbra Justiça e Paz SER SOLIDÁRIO EM TEMPO DE CRISE
Quatro meses decorreram após o eclodir desta crise, alterando a nossa forma de estar e de ser. O futuro será, certamente, algo de diferente do que há alguns meses tínhamos dado como certo. Mas crise é, também, o momento de desafio, decisivo para vencer os desequilíbrios e restabelecer a confiança.
Este é o tempo de superar o determinismo e as atitudes passivas com liberdade e responsabilidade. Devemos exigir respostas colectivas, estruturadas e sustentadas, mas, individualmente, cada um de nós não pode deixar de agir, pois que tem o dever de dar a mão a quem, ao nosso lado, precisa de pão e esperança. À indignação perante a injustiça, saibamos juntar o nosso comprometimento e a nossa acção.
A nossa atenção é agora despertada para realidades que sempre estiveram presentes, mas para as quais não estávamos particularmente atentos, e que atingem os mais fragilizados e indefesos.
A pobreza latente irrompeu com ímpeto em largas zonas do país, ameaçando superar os 18 % da população e 1,8 milhões de pessoas estão risco. Em diversas zonas à ausência de condições dignas de vida acresce, muitas vezes, a anomia e a ausência de valores.
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Comissão Justiça e Paz de Évora - O despovoamento e a migração no Alentejo

COMISSÃO JUSTIÇA E PAZ DA ARQUIDIOCESE DE ÉVORA PREOCUPADA COM O DESPOVOAMENTO E A MIGRAÇÃO NO ALENTEJO
Sua Exa. Rev.ª Dom Francisco José Villas-Boas Senra de Faria Coelho, Arcebispo de Évora, por sua provisão de 29 de junho de 2019, nomeou a Comissão Arquidiocesana Justiça e Paz, constituída por quatro personalidades da região, sob a assistência espiritual do Cónego Silvestre Marques.
A nomeação desta comissão tem como objetivo principal assessorar e aconselhar o Arcebispo de Évora, sobre assuntos relacionados com a justiça e a paz que ocorram fundamentalmente dentro da área geográfica correspondente à arquidiocese. Neste âmbito caberão certamente as problemáticas mais graves e atuais, que a todos nos assolam, devendo ser analisadas de forma profunda e consistente.
Dando corpo ao fundamento da criação desta comissão, a mesma já reuniu por duas vezes, para refletir, entre outras coisas, sobre a problemática do despovoamento no Alentejo e ao surgimento, cada vez mais evidente, de migrantes na região. Só acompanhando de perto estes fenómenos será possível perceber o que a Igreja pode eventualmente vir a fazer no futuro.
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Departamento Justiça e Paz de Lamego - Jornada de Formação
O Departamento Diocesano Justiça e Paz e o Departamento Diocesano para a Vida e Ministério dos Sacerdotes da Diocese de Lamego, vão levar a cabo uma ação de formação sobre Violência Doméstica e sobre o Regulamento Geral de Proteção de Dados, no próximo dia 2 de dezembro pelas 9h30 no Seminário de Lamego. Incrições através do link
Conferência «Um planeta doente-Uma economia que mata», Reflexão e Propostas
Reflexão
I-Introdução
Criada “a fim de desenvolver o estudo, a reflexão e a ação em favor do bem integral da pessoa humana” a Comissão Justiça e Paz da Diocese de Coimbra (CDJP) tem no seu horizonte o pronunciamento público sobre “as alegrias e esperanças, dores e angústias” que vivem os homens nossos concidadãos. Em razão das grandes mudanças que estão a acontecer no mundo, da reflexão interna da CDJP sobre as mesmas e da frescura introduzida no discurso pelo Papa Francisco, vimos propor a presente reflexão, que se inscreve historicamente na linha de duas outras mensagens desta Comissão, já de há alguns anos atrás - “Trabalho digno para todos” (dezembro 2013) e “Esperança e Critérios de Vida” (junho, 2010),
É uma reflexão que partilhamos com todas as pessoas, cidadãos e cidadãs co-construtores connosco da ‘cidade’ e do ‘tempo’ que vivemos. Mas é uma reflexão nascida no seio de uma comissão com uma especificidade eclesial, inserida numa Igreja concreta, a Igreja Diocesana de Coimbra e, portanto, uma reflexão informada e comprometida com a visão desta.
Noutros espaços, e com a parceria de muitos outros organismos e instituições, temos apresentado ou reproposto uma reflexão sobre diferentes circunstâncias mais particulares e, em certo sentido, mais próximas.[1] Queremos com esta Mensagem, diferentemente, olhar mais largo e mais longe, percecionar o mundo como um todo, para tomar consciência de quanto lhe pertencemos, de quanto o influenciamos e de quanto o que nele ocorre nos afeta também.
É, naturalmente, uma reflexão ética. São hoje muitas as vozes – entre as quais e com particular acuidade a do Papa Francisco – a sublinharem a necessidade desta reflexão, na convicção crescente de que a técnica separada da ética corre o risco de se virar contra o próprio homem.
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