O Bispo de Aveiro pediu uma consciência formada contra a “cultura da morte”
Bispo de Aveiro incita paroquianos da Barra ao discipulado, à formação, a evitarem uma paróquia
que seja apenas uma “central de serviços”.
D. António Moiteiro pediu aos paroquianos da Barra para serem “buscadores de Deus”. “Procurar o rosto de Deus, para nós e para os outros, é a tarefa fundamental da nossa vida”, disse, na homilia da missa de encerramento da visita pastoral. O Bispo de Aveiro realçou que para alguém ser “buscador de Deus” é necessário “oração, formação, leitura da Palavra de Deus”, em suma, “formação da consciência”. Deu como exemplo a formação que é preciso para fazer face à cultura da morte, tendo em vista a legislação da eutanásia que se perspetiva na sociedade portuguesa, pois a proposta do Evangelho é a do “direito à vida até ao fim da vida”. A procura de formação por parte dos cristãos evitará que se pense na paróquia e na vida cristã como “central de serviços” a que se recorre perante necessidades específicas.
Num domingo em que na leitura do Evangelho se ouviu o chamamento dos primeiros discípulos, que estavam nas lidas da pesca, D. António Moiteiro notou a coincidência de estar a encerrar a visita pastoral numa paróquia à beira-mar, como na semana anterior estivera na Costa Nova, e convidou ao discipulado. “Sabeis bem o que é a vida dos pescadores, o que é andar na faina da pesca e concertar as redes”, disse, para depois apontar que tornar-se discípulo passa pelas fases do encontro, do convite (de Jesus) e da resposta, que é “deixar as redes e seguir Jesus”. Ser cristão é “ser chamado a ser discípulo”. Alertou, contudo, para as tentações próprias dos discípulos: “Confundir chamamento com outras coisas, poder, prestígio ou ser mais do que os outros”, tudo formas de “negar Jesus”.
D. António Moiteiro agradeceu o acolhimento da paróquia e do seu pároco, P.e Ângelo, e saudou alguns grupos e pessoas, entre as quais o presidente da Junta de Freguesia da Gafanha da Nazaré, que estava na assembleia.
