O ideal de beleza ao longo dos tempos

LIVRO Embora ilustrado com as imagens de centenas de obras-primas de todos os tempos, este livro não é uma história da arte. As imagens, bem como a antologia de textos, de Pitágoras aos nossos dias, servem para reconstruir as várias ideias de Beleza que se manifestaram e foram objecto de discussão desde e Grécia Antiga até hoje.

O livro ilustra como a beleza foi sendo concebida. A beleza da natureza, das flores, dos animais, do corpo humano, dos astros, das relações matemáticas, da luz, das pedras preciosas, das pescas, do vestuário, de Deus e do Diabo.

Até aos tempos actuais, chegaram somente os textos dos filósofos, dos escritores, dos cientistas, dos artistas ou dos teólogos, porém, através desses documentos podem-se reconstruir as múltiplas formas como os humildes, os excluídos, o homem da rua de todos os tempos sentiam a Beleza.

Alguns capítulos desta obra abordam o que seria de esperar (“A Beleza como proporção e harmonia”, cap. III), outros surpreendem, como “A Beleza dos monstros” (cap. V), “A Beleza das máquinas” (XV) ou “A Beleza dos Media” (XVII). Neste último, o autor serve-se da visita hipotética de um viajente do futuro, para dizer que ele “nunca poderá identificar o ideal estético difundido pelos mass media do século XX em diante. Deverá render-se perante a orgia da tolerância, diante do sincretismo total , do absoluto e imparável politeísmo da Beleza”.

Como não poderia deixar de ser, este livro é, em si mesmo, um objecto muito belo.