Regar a imaginação

O BATISMO DA IMAGINAÇÃO
Antonio Spadaro
Paulinas
184 páginas
14,80 euros

 

Tendo por subtítulo “a experiência da palavra criativa”, este livro de Antonio Spadaro é um conjunto de ensaios de temas e finalidades diversas, mas de fundo comum: a literatura. O autor, padre jesuíta, salta de C. S. Lewis para Flanery O’Connor, de Dante para John Donne e Paul Celan, entre muitos outros literatos, para falar da estética e da imaginação, mas também do discernimento e da oração. É difícil ver uma unidade no livro, que se afigura como uma recolha de ensaios algo martelada. O P.e José Tolentino Mendonça diz no Prefácio que “Spadaro desafia-nos, aqui, a todos sem exceção, a encontrar um outro paradigma para a fé e para a vida”. Se a imaginação é a “louca lá de casa”, como dizia o filósofo Malebranche (o que é altamente contestável, pois é o que permite a muita gente manter-se sã), batizá-la deve ser boa ideia. Mas para que cresça mais.
J.P.F.