Voluntária Tânia Ferreira
“Ser pequeno não significa não ser estrela. O seu brilho é mais notório nas pequenas coisas, mas quando esse brilho falha todos dão pela sua falta. Não tenhas medo de ser uma luz pequena porque um dia brilharás intensamente.”
Foi esta a frase que mais marcou na minha primeira experiência das Jornadas Mundiais da Juventude em Colónia (2005). Parece que já passaram 11 anos e digo sem sombra de dúvida que foi até ao momento das melhores experiências da minha vida.
Era menor, fui autorizada a ir, tendo os meus pais de assinar uma autorização no notário. A ideia parecia tão radical, como ir na altura, com o meu Grupo de Jovens da Boa Vista, em conjunto com o SDPJ de Leiria, de autocarro para a Alemanha.
O tempo das Jornadas foi enriquecedor em termos de espírito de grupo, de conhecer muitas pessoas e de estar onde queria estar com pessoas que acreditavam no mesmo que eu. Vim de lá cheia de vontade de ir a mais e mais experiências do género, tendo tido novamente a possibilidade de participar nas JMJ em Madrid (2011).
Fui com um grupo organizado pelo Franciscanos de Leiria e a experiência acabou por ser bastante diferente. As experiências de grupo aconteceram, mas acabou por ser mais espiritual que radical – também acho que era o que precisava na altura. Voltei com a ideia de que se voltasse a participar teria de ser de outra forma.
E se eu fosse voluntária? A ideia ganhou forma com as primeiras comunicações nas redes sociais e com o facto de ainda ter o “tempo livre” das férias do trabalho.
A minha ideia de voluntariado vem muito da minha vida escutista e depois de fazer a minha candidatura… fui selecionada!
Como a “felicidade é um bem que se multiplica ao ser dividido”, soube que 3 pessoas próximas também irão ser voluntárias.
Não sou pessoa de criar grandes espectativas porque no fundo ainda não sei o que me espera, mas tenho uma coisa que desejo fazer – estar disponível.
Disponível para ajudar, para receber ajuda, estar disponível para visitar o que não conheço e acima de tudo deixar que Ele vá trabalhando em mim.
Costumo dividir o meu tempo tão simetricamente que ainda me está a fazer confusão não saber nada destes 15 dias. Neste momento Ele deve estar a rir-se e a dizer – acreditas que consegues dominar tudo? Ao tempo compete-lhe passar… e já falta muito pouco.
Li estes dias uma frase que me fez pensar e que será o meu pensamento para estas Jornadas: “Dás do tempo livre que te sobra ou dás-te, ainda que não sobre?”
Tânia Ferreira