Semana dos Seminários

12 a 19 de novembro de 2017

Números

Algarve 5
Angra 16
Aveiro 3
Beja 3
Braga 37
Bragança-Miranda 3
Coimbra 4
Évora 5
Funchal 5
Guarda 5
Lamego 4
Leiria-Fátima 4
Lisboa 32
Portalegre-Castelo Branco 2
Porto 30
Santarém 4
Setúbal 6
Viana do Castelo 13
Vila Real 10
Viseu 5
 TOTAL 196

fonte: Agência ECCLESIA

Distribuição por Seminários

SEMINÁRIO ALUNOS/DIOCESES
Seminário de Évora Algarve
Beja
Évora
Seminário de Angra Angra
Seminário dos Olivais – Lisboa Lisboa
Aveiro
Funchal
Leiria-Fátima
Portalegre-Castelo Branco
Santarém
Seminário Conciliar de Braga Braga
Viana do Castelo
Seminário Maior Interdiocesano de São José – Braga Bragança Miranda
Guarda
Lamego
Viseu
Seminário Maior de Nossa Senhora da Conceição do Porto Porto
Coimbra
Vila Real

fonte: Agência ECCLESIA

* Dados recolhidos nos dias 9 e 10 de novembro de 2017. Apenas são contabilizados alunos das dioceses portuguesas. Consideram-se os alunos do 1º ao 6º ano de Teologia.
Estudam nos seminários diocesanos de Portugal alunos de outros países e há quatro seminários Redemptoris Mater (Beja, Évora, Lisboa, Porto), para além dos seminários de Congregações Religiosas.

Seminário

(Do lat. = alfobre). Ins­ti­tuição destinada à formação do clero, decretada pelo Conc. de Trento (Decr. De reformatione 1563), considerada hoje pelas dioceses como o seu “cora­ção”, dada a importância de uma boa formação dos seus sacerdotes. Teve antecedentes remotos, nas escolas catequéticas (séc. II), seguidas de escolas de formação do clero nos mosteiros e nas catedrais, e mais tarde das universidades. Apesar delas, o clero, sobretudo rural, carecia de um mínimo de prepa­ra­ção, pelo que o Concílio reformador de Trento tornou obrigatória a criação de seminários. Em Portugal, a primeira iniciativa pertenceu ao Beato Fr. Barto­lo­meu dos Mártires com a criação do “Seminário Conciliar” (inaug. em 1572). Outras dioceses seguiram o exemplo de Braga, embora algumas só muito mais tarde tenham conseguido o seu seminário. Quanto ao clero religioso, a sua formação, recebida, ao princípio, nos pró­prios institutos, também veio pro­gres­sivamente a ser assegurada em se­mi­nários próprios. A supressão da Companhia de Jesus (1759) levou ao encerramento de vários seminários. A crise acentuou-se no séc. XIX e, em Por­-tugal, só veio a superar-se com a renovação da Igreja a partir do segundo quartel do séc. XX. Para tal superação teve impor­tância decisiva a criação por Leão XIII do *Pontifício Colégio Portu­guês de Roma (1900) para for­ma­ção de professores de seminários e de bispos para as dioceses portuguesas. O Conc. Vat. II dedicou especial atenção à for­ma­ção do clero, dele saindo o Decreto *Optatam totius sobre a formação sa­cer­dotal. O CDC reserva aos seminários 33 cânones (232-264), definindo a sua natureza, o seu funcionamento, as con­di­ções de admissão de seminaristas, os critérios da sua formação, etc. Em tempos passados, o recrutamento de semi­na­­ristas fa­zia-se, para os seminários menores, sobretudo na população rural, oferecendo aos rapazes a oportunidade de estudos, numa altura em que as esco­las escas­sea­vam, havendo áreas mais cristãs e pobres que forneciam semina­ris­tas para várias dioceses. Com o de­sen­­volvimen­to do País e a abertura de ­escolas secun­dárias por toda a parte, o ­recrutamento de seminaristas, muitos de­les directamente para seminários maio­res, passou a fazer-se em novos mol­des, com im­por­tância acrescida da pastoral da juventude. Os seminários me­nores perde­ram a sua importância e, em várias dioceses, foram substituídos por pré-seminários. Por outro lado, a formação teo­ló­gica dos seminaristas maio­res passou a fazer-se, em várias dio­ce­ses, em escolas superiores de Teo­logia, originando um novo tipo de clero. A rá­pi­da evolu­ção sociocultural tornou mais premente a necessidade duma formação permanente do clero em exercício, para o que têm sido ensaiadas várias fórmulas.

in Catolicopédia

 

Em plena Semana dos Seminários (12 a 19 deste mês), o padre José Alfredo Ferreira da Costa que é também reitor do Seminário Maior do Porto realça que é necessário dar a conhecer os seminários porque algumas pessoas entendem estas casas de formação “numa linguagem do passado e pré-conciliar” e “não têm uma visão esclarecida” destas instituições, disse à Agência ECCLESIA.

A Semana dos Seminários serve para “dar a conhecer” estas casas, pedir aos cristãos “a oração pelos seminaristas” e colocar as pessoas “em sintonia com as necessidades materiais destas casas”.

Atualmente, é fundamental compreender os seminários como casas de “formação integral e de diálogo com a sociedade e com as estruturas de formação académicas”, sublinhou o secretário da Comissão Episcopal Vocações e Ministérios.

 

Setúbal: Seminário diocesano assinala 25 anos a formar sacerdotes para a missão
Em entrevista à Agência ECCLESIA, o reitor daquela casa realça a importância de preparar padres que consigam atender a desafios sociais como a pobreza e o desemprego, mas que tenham também capacidade de evangelização e integração numa “diocese multicultural”, onde “a comunidade católica é uma minoria”.“O perfil de um sacerdote nesta diocese é sempre de alguém que é um missionário, que como o Papa Francisco nos diz, leve o Evangelho na alegria do Senhor. E portanto todo o processo formativo tem em conta este objetivo”, explica o padre Rui Gouveia.

“Quando se olha para uma estrutura diocesana que foi fundada pelo D. Manuel Martins, que acaba de partir, e percebe-se que neste gesto tão grandioso surgiram tantos frutos para a nossa diocese, só podemos estar gratos porque foram 25 anos de graça”, considera o padre Rui Gouveia.

“O grande motivo destes seminaristas virem para cá é por uma necessidade pastoral de acompanhamento de comunidades ucranianas que estão aqui emigradas e que trabalham aqui e que, como católicos de rito oriental, têm o direito de ser assistidas por um pastor”, aponta o reitor.

 

Leiria-Fátima: Diocese avança com projeto de Seminário em Família

A Diocese de Leiria-Fátima instituiu o projeto do Seminário em Família, para dar uma resposta mais atual à etapa inicial da formação de vocações, em ordem ao sacerdócio.

Até agora, como acontece em várias dioceses, estava em funcionamento o Pré-Seminário, para adolescentes e jovens entre os 11 e os 17 anos, ou entre o 6.º e o 12.º ano, mas de acordo com o padre Manuel Henrique de Jesus, o modelo já não estava a ter os resultados que se pretendem.

“Senti que às vezes os rapazes não se implicavam neste projeto de Pré-Seminário. Gostavam de vir, e gostam de vir, e sentem-se bem uns com os outros, a partilhar a vida, mas depois no momento de dar um passo mais responsável, mais sério, não conseguiam fazê-lo”, realça o sacerdote, que vai ficar à frente do Seminário em Família.

Numa região com poucas vocações que, em pouco mais de 20 anos, passou de uma realidade de abundância para escassez – algo que levou inclusivamente a deslocar a formação dos seminaristas para Lisboa – a ideia é envolver mais as comunidades locais, as famílias, os párocos, os leigos, na deteção e consolidação das vocações sacerdotais.

“Às vezes eu apercebia-me que as pessoas não sabiam que tinham um pré-seminarista, e isto serve também para que as comunidades saibam, temos um rapaz que está em discernimento vocacional e isso compromete toda a gente, e é a única forma de continuar a chegar aqui ao Seminário rapazes para se questionarem”, realça aquele responsável.

Além do padre Manuel Henrique de Jesus, como diretor, o Seminário em Família da Diocese de Leiria-Fátima vai contar com uma equipa alargada, constituída por mais três sacerdotes, dois casais de leigos, um antigo pré-seminarista e brevemente se possível também uma religiosa.Uma outra novidade é a abertura do projeto formativo a jovens e adultos que estão a frequentar o ensino superior ou já a trabalhar, algo que anteriormente não passava pelo Pré-Seminário mas competia ao Seminário diocesano.
Em relação aos mais novos “tem que ser uma proposta completamente diferente, mais aprofundada”, frisa o padre Manuel Henrique de Jesus.

 

 

Viana do Castelo: Seminaristas recorrem ao YouTube para agradecer vocação