Está escrito Acreditamos que a Igreja é católica. É-o porque a sua respiração é universal, aberta à humanidade inteira, e até a todo o cosmo e a todas as realidades. Nada do que é genuinamente humano lhe é estranho.
“Católica” é um título que evoca a ideia de plenitude no sentido de “segundo a totalidade” ou “segundo a integridade”. Opõe-se à experiência do facciosismo, da divisão, da parcialidade.
Professar na fé a “catolicidade” da Igreja é recusar a atitude de quem selecciona algumas partes da experiência e da verdade de fé em desfavor de outras, mantendo somente as que lhe agradam mais. É evitar todo o tipo de encerramento na sua realidade de Igreja e toda a forma de particularismo.
A comunidade “católica” é a que guarda a plenitude da vida nova suscitada pelo Espírito de Cristo. Guarda-a no espaço: na Igreja habitam povos de todas as línguas e raças – unidade na multiplicidade. Guarda-a no tempo: a Igreja é a mesma em todas as épocas, segundo a mesma riqueza de fé.
Dionigi Tettamanzi, Cardeal de Milão,
adaptado de “Esta é a nossa Fé” (Ed. Paulinas)