D. Brites de Leitoa, fundadora do Convento de Jesus, foi a personalidade evocada na última conferência “Aveirenses ilustres”, realizada no Museu da Cidade.

Esta ilustre aveirense, acompanhada pelas suas filhas D. Catarina e D. Maria de Ataíde, entrou, no dia 24 de Novembro de 1453, em recolhimento nas primitivas instalações do que mais tarde viria a ser o convento feminino dominicano de Jesus, em Aveiro.

No dia 16 de Maio de 1461, pela bula “Pia Deo et Ecclesíae desideria”, do Papa Pio II, foi concedida a licença para a fundação do convento. No ano seguinte, o rei D. Afonso V despachou favoravelmente a petição para a concretização da nova igreja conventual e ampliação do primitivo eremitério. Em Dezembro de 1464, D. Brites de Leitoa e as duas filhas tomaram o hábito dominicano.

D. Brites de Leitoa nasceu no ano de 1427, em local desconhecido, e morreu em Abrantes, no ano de 1480. Os seus restos mortais foram transferidos para Aveiro, dois anos mais tarde, ficando sepultada na Sala do Capítulo Velho do Convento de Jesus, passando posteriormente para a Sala do Capítulo Novo, onde ainda se encontra.

D. Brites de Leitoa era descendente de famílias nobres, mas ficou órfã ainda muito nova, pelo que foi recolhida pela casa do Infante D. Pedro, então Regente do Reino, onde permaneceu até ao seu casamento com D. Diogo de Ataíde, um fidalgo e cavaleiro do Infante D. Pedro. Já residindo em Aveiro, após a morte do marido, esta ilustre aveirense fundou o que viria a ser o Convento de Jesus.