Francisco diz que vai continuar “firme” no caminho que traçou

Papa Francisco: “Desejo uma Igreja aberta, compreensiva,  que acompanhe as famílias feridas”

Papa Francisco: “Desejo uma Igreja aberta, compreensiva,
que acompanhe as famílias feridas”

O Papa Francisco afirmou que vai permanecer “firme” no rumo que definiu para o seu pontificado, apesar das críticas que possa provocar, em particular junto de setores mais conservadores. “Eles fazem o seu trabalho e eu o meu. Eu desejo uma Igreja aberta, compreensiva, que acompanhe as famílias feridas. Eles dizem ‘não’ a tudo”, realçou, numa entrevista ao jornal argentino “La Nación”. O Papa foi questionado especificamente sobre a sua relação com os “ultraconservadores”, na definição do jornalista. “Eu continuo firme pela minha estrada, sem olhar para os lados. Não corto cabeças. Nunca gostei de fazer isso. Reitero: rejeito o conflito”, declarou Francisco.
A entrevista foi publicada na edição de domingo do jornal argentino e decorreu na Casa de Santa Marta, no Vaticano, onde o Papa reside.
Francisco aborda sobretudo temas ligados à vida política, social e eclesial da Argentina, mas quis também prestar homenagem ao seu predecessor, Bento XVI, que definiu como “um revolucionário”. “A sua generosidade foi incomparável. A sua renúncia, que tornou evidentes todos os problemas da Igreja, não teve motivações pessoais. Foi um ato de governo. O seu último ato de governo”, precisou.
O Papa descartou a existência de problemas pessoais com o atual presidente argentino, Mauricio Macri, e explicou que concedeu uma audiência a Hebe de Bonafini, líder das “Mães da Plaza de Mayo”, porque esta lhe queria pedir “perdão” por declarações do passado.