Frases da Semana

Por mais que se diga que o processo de ratificação deve prosseguir, a verdade é que, sem a França, a Holanda e o Reino Unido, a União Europeia entrou num período de profundas incertezas.

Judite de Sousa

Jornal de notícias, 11-06-05

Os políticos são, em geral, mal pagos? Pois são. Mas não todos; e não decerto aqueles que acumulam mordomias ou se limitam a esperar pela pensão vitalícia. Os políticos devem ser remunerados condignamente, mas é falso que seja o dinheiro que atrai os melhores e mais empenhados na causa pública. A questão prévia é a sempre adiada reforma do sistema político – que, entre outras coisas, restrinja o número de deputados e torne aliciante e produtivo o exercício do cargo. A valorização e dignificação da política passam sobretudo por aí.

Vicente Jorge Silva

Diário de Notícias, 12-06-05

Na Universidade da Beira Interior (UBI), o número de ofertas de emprego, estágios profissionais e bolsas de estudo é quatro vezes superior à procura por parte dos recém-licenciados.

Expresso/Emprego, 10-06-05

Para acabar com o escândalo da fome que mata oito milhões de crianças por ano bastavam uns 270 milhões de dólares, o equivalente à riqueza criada nos 30 países mais ricos do mundo no espaço de… 40 segundos!

António Perez Metelo

Diário de Notícias, 12-06-05

Mesmo que ganhasses o Euro-milhões todas as semanas até ao fim da tua vida, ele [Bill Gates, dono da Microsoft] continuava mais rico!

Público/Culto, 12-06-05

A redução da política à mercearia, que está longe de ser um mal português, ajuda a perceber como, de repente, nos preparamos para comemorar um dos mais importantes momentos de viragem da nossa História – talvez o mais importante dos últimos séculos [a adesão à CEE, hoje EU, no dia 12 de Junho de 1985] – não só num clima de indiferença, como tendo substituído a festa pela sensação de participarmos num velório.

José Manuel Fernandes

Público, 12-06-05

Toda a gente sabe que “este país” é trapalhão, preguiçoso e atrasado, que a economia “voa baixinho”, e a sociedade “tem medo de existir”, que a classe política é aldrabona e a económica parola. Nesta eterna ladainha de vitupérios, por muita razão que tenha, não há qualquer utilidade real. (…)

[Mas] nunca se ouve dizer que as recessões são normais e saudáveis. Não se trata de desgraças, como uma doença, mas de fases, como o Inverno.

João César das Neves

Diário de Notícias, 13-06-05