Frases da Semana

Mourinho é hoje a imagem do país que gostaríamos de ser – competente, trabalhador, vencedor, melhor que os outros.

Nicolau Santos

Expresso, 07-10-05

Leis, temo-las a mais: Portu-gal é um cemitério de leis perfeitas, que não são aplicadas…

Nuno Fernandes Thomaz

Semanário Económico, 07-10-05

O cliché segundo o qual a democracia será o pior dos sistemas, com exclusão de todos os outros, funciona como uma espécie de tira nódoas, capaz de justificar todas as perversões e desvios, até os mais intoleráveis. Mas quando a nódoa é já maior que o pano?

Manuel António Pina

Visão, 06-10-05

Chegámos a um ponto em que já se torna cansativo, gasto, estafado, gritar de cada vez que se sente o perfume dessa droga doce que é a corrupção. Talvez, por isso, o próprio apelo de Sampaio [no 5 de Outubro] não gera o menor tremor no sistema político. (…) Não nos iludamos mais. Em Portugal, há um gravíssimo problema de corrupção, que ataca o poder político em geral e a imagem que a população tem dele.

Eduardo Dâmaso

Diário de Notícias, 07-10-05

A Europa está com um dilema de porteiro de discoteca. Deixa ou não deixa entrar a Turquia? Por mim, venha ela. Com um porém: se os turcos querem ser da Unisão Europeia, têm de se tornar europeus. Isto é, com a religião fora do Estado e as mulheres iguais em direitos.

Ferreira Fernandes

Correio da Manhã, 06-10-05

Deve a Europa entrar na Turquia? (…) A Turquia tem feito parte da história da Europa, por boas e más razões. E, desde Kamal Ataturk, não se pode falar de uma Turquia ‘islâmica’: a proibição do uso do véu é mais radical em Ancara do que em Paris.

Nuno Rogeiro

Sábado, 07-10-05

A vida monástica foi, entre nós, muito mal tratada e, na restauração das ordens e congregações religiosas, quase esquecida. Só as formas de vida religiosa que pudessem ter actividades sociais e pastorais eram desejadas. E pagámos caro esse esquecimento. Talvez seja por isto que as nossas formas de rezar sejam tão miseráveis, tanto nas suas expressões musicais como simbólicas. Hoje, a combinação e o ritmo de silêncio, palavra, música e signos litúrgicos, quase nem é sentida como uma necessidade essencial.

Bento Domingues

Público, 09-10-05