P.e António Fragoso em 2007, quando completava 50 anos de ordenação
No passado dia 09 de agosto, no Hospital Universitário de Coimbra, faleceu o padre António Fragoso Tavares; contava 89 anos de idade, pois nascera em 01 de julho de 1929. Natural da freguesia da Murtosa, foi seu pai Manuel José Tavares Rebimbas e sua mãe D. Maria de Jesus Marques Fragoso. Depois dos estudos e da preparação nos Seminários de Aveiro e dos Olivais, foi ordenado presbítero por D. João Evangelista de Lima Vidal na Sé da Diocese, no dia 07 de julho de 1957.
Além de outras tarefas, exerceu o ministério sacerdotal como encarregado da paróquia de Santa Maria da Murtosa (1957), vigário paroquial de Avanca (1957-1960), pároco de Aguada de Cima (1960-1967), pároco de Soza (1967-1974), pároco de Beduído – Estarreja (1974-2015) e pároco “in solidum” com o padre Virgílio Susana e Maia da mesma freguesia (2015-2018). Também foi arcipreste de Estarreja. Acumulando com a paroquialidade de Beduído, foi por alguns anos, em períodos diferentes, responsável pelas paróquias de Pardilhó, Salreu e Veiros.
A Missa exequial decorreu na igreja matriz da Murtosa, depois de celebrações em Estarreja, presidida pelo vigário-geral da Diocese e concelebrada por diversos sacerdotes; os seus restos mortais foram sepultados no cemitério local. O nosso bispo, ausente nesse dia por estar em Israel, na peregrinação à Terra Santa, celebrou a Missa do sétimo dia em 14 de agosto.
Na homilia das exéquias, P.e Manuel Joaquim Rocha referiu que a partida do P.e Fragoso deixou um sentimento “azedo e doce”, “azedo” pela tristeza que a morte significa para a família, que “tão bem o acompanhou nos momentos últimos”, dolorosos, para os paroquianos e para os amigos, mas “doce” pela certeza de estar “junto do Senhor” – “porque Deus não nos quer sofredores, para a morte, quer-nos para a vida” –, e pela gratidão que muitos têm pela sua dedicação à Igreja e ao Evangelho. Partilhou ainda que, na visita que lhe fizera nos últimos dias, lhe pedira para rezar pela Diocese de Aveiro. O P.e Fragoso respondeu com dificuldade, porque já lhe era difícil falar: “Eu não posso rezar, mas ofereço a minha vida por vós”.
No final da celebração, antes do sepultamento no Cemitério da Murtosa, uma jovem falou sobre a alegria com que o P.e Fragoso brincava com as crianças da catequese. Um sobrinho partilhou episódios da dedicação do sacerdote aos sobrinhos, incluindo as idas à praia com o automóvel com excesso de passageiros no seu carro. O caixão foi carregado pelos sobrinhos, visivelmente transtornados.
