Quem costuma ver as notícias na televisão pôde testemunhar a má educação do presidente do Tribunal da Relação de Lisboa. Por não querer ser filmado, talvez com razão, perdeu o respeito por si próprio e pelos outros. Desbocado, deixou passar uma boa oportunidade de mostrar que um juiz ainda é símbolo da ponderação e do bom senso.
Somos do tempo em que o padre, o médico e o professor, nas aldeias e não só, eram exemplos paradigmáticos que as pessoas sabiam ter em consideração. O padre testemunhava o Evangelho, o médico curava os males do corpo e o professor abria as portas do saber. Ao longe, víamos o bispo como guardião da fé e o juiz como símbolo da justiça. Eram pessoas respeitadoras e respeitadas.
Pelos vistos, agora tudo parece que está a mudar e este juiz veio mostrar que, afinal, o representante da justiça pode ser um malcriado qualquer. Um Sinal – com toda a força para ele e para os que são como ele.