Como sabem, o Papa Francisco, inspirado na Família de Nazaré, escolheu para o 106º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, o tema: “Forçados como Jesus Cristo a fugir.”
São vários os subtemas que dão forma e completam este tema, contudo, escolhi falar sobre o subtema: “Aproximar-se para servir”, uma vez que esta minha escolha está intimamente ligada com o trabalho diário que venho desenvolvendo, voluntariamente, com Migrantes e Refugiados, ao longo de quase 12 anos, muito em jeito de Acolhimento, Escuta, Compreensão, Aprendizagem mútua, e, principalmente, de não permitir que contem apenas como números para as estatísticas, pois, são “Pessoas como tu, como eu, como nós.”
Durante todos esses anos, foi fundamental perceber como a aproximação diária e o servir, independentemente da religião, da cultura, da língua, dos costumes, permitiram vencer medos e preconceitos de parte a parte; aliás, obstáculos que impedem fortemente de nos aproximarmos e de servimos com Amor, e, como conseguiram quebrar barreiras, valorizar o desconhecido, o diferente e fazer Caminho juntos.
Assim, perante uma situação que parece não ter fim e que tende a agravar-se e a aumentar, é , pois, urgente, que, sem medo e sem preconceitos, nos aproximemos e que consigamos ver em cada um dos Migrantes e dos Refugiados, o rosto de Jesus Cristo e ter a bondade e a humildade de abrirmos o nosso coração, num servir constante e generoso, capaz de envolver todos(as) num Amor que dignifique e adoce, e, que, igualmente, ajude a sarar as feridas tão profundas que trazem desenhadas no rosto e no olhar.
Sem dúvida, um Amor que seja capaz de, verdadeiramente, lhes devolver, a Dignidade, a Confiança, a Paz e a Esperança de uma vida melhor.
Rufina Garcia
Secretariado Diocesano da Pastoral Social e da Mobilidade Humana de Portalegre Castelo Branco