Não se trata apenas de migrantes, Trata-se também de todos nós
Um apelo a não ficarmos indiferentes pois, como indica o tema do DMMR, não se trata apenas de migrantes, mas trata-se também de todos nós.
Como nos recordou o Santo Padre, o Senhor pede-nos que ponhamos em prática a caridade para com as pessoas descartadas e que restauremos a sua humanidade, juntamente com a nossa.
Para que se possam reviver os momentos mais belos deste Dia, enviamos um novo vídeo com as palavras pronunciadas pelo Papa Francisco durante a celebração e recordamos que todo o material produzido pela Secção Migrantes e Refugiados durante a campanha comunicativa em preparação do DMMR está sempre à disposição no sítio internet da Secção e na pasta a isso dedicada a que se pode aceder clicando neste link.
Mensagem do Cristiano Ronaldo às crianças da Síria
Síria: A Paz é possível!
O Papa Francisco exorta a comunidade internacional a encontrar uma solução para a guerra na Síria como parte da campanha e a Cáritas Portuguesa, como dinamizadora nacional da campanha irá apelar ao Governo Português que participe ativamente em soluções que possam por fim a esta guerra. Este processo de paz não pode ficar apenas nas mãos das grandes potências mundiais, que têm mais interesse em manter o conflito do que encontrar um fim para esta calamidade.
As notícias desumanas que lemos sobre a Síria são alertas do quão importante é unirmo-nos aos nossos irmãos no Médio Oriente para reforçar a mensagem de paz da campanha da Cáritas Internationalis, lançada a 1 de janeiro deste ano, por S. Exc. Mons. Antoine Audo, Bispo de Alepo e Presidente da Cáritas da Síria.
O objetivo da campanha é juntar unir esforços para exigir um cessar-fogo imediato e eficaz, apelando aos governos que se comprometam com uma solução política para terminar o conflito:
1) A Cáritas apela à comunidade internacional a manter o compromisso e a trabalhar ativamente para o processo de paz. Um acordo de paz na Síria enviaria um sinal de esperança aos habitantes de toda a região e a outros países devastados por guerras.
- Os governos devem promover e apoiar negociações de paz inclusivas:
o Um cessar-fogo parcial de imediato e posteriormente um cessar-fogo permanente é uma prioridade para assegurar a proteção da população civil e deveria ser o primeiro objetivo.
o A Sociedade Civil Síria e a população em geral deveriam participar nas negociações de paz.
o Deve ser promovida a coexistência pacífica entre comunidades religiosas e étnicas: as minorias religiosas e étnicas são parte integral da sociedade síria. Preservar esta diversidade e a proteção das minorias constituem elementos-chave para a paz.
- Os governos devem demonstrar coerência entre as suas agendas de política interna e externa, e deveriam evitar contradizer ou minar as respetivas agendas. Devem deixar de vender armas às partes envolvidas no conflito, quebrar o financiamento para que estas possam adquirir armas e terminar qualquer transação comercial que possa financiar a guerra. Enquanto vemos pessoas a passar fome e sem verem satisfeitas as necessidades básicas, grandes quantidades de dinheiro são gastas em armas.
- Promover cenários para a reconstrução física e social, incluindo medidas para fomentar formas para estabelecer a confiança nas comunidades e o regresso dos refugiados.
2) A Cáritas apela à comunidade internacional para que proporcione ajuda humanitária e a todas as partes envolvidas no conflito a que permitam o acesso à mesma. A comunidade internacional deveria:
- Apelar a todos os envolvidos no conflito para que respeitem o direito humanitário internacional para proteger a população civil.
- Garantir a ajuda humanitária e os meios necessários, dentro e fora da Síria, para permitir que as pessoas em áreas afetadas pelo conflito, os deslocados e os refugiados tenham acesso às necessidades básicas como proteção, alimentos, educação e cuidados de saúde.
- Proteger os grupos mais vulneráveis, incluindo as minorias.
Juntem-se a nós para mostrarmos que sim, na Síria: A Paz é possível!
Visite o site da campanha internacional: http://syria.caritas.org
Síria: Papa associa-se a jornada de oração pela paz no Dia da Criança
O Papa Francisco associou-se hoje à iniciativa de oração pela paz na Síria que vai decorrer a 1 de junho, Dia Internacional da Criança, tendo como protagonistas os mais novos.
“Na próxima quarta-feira, 1 de junho, por ocasião do Dia Internacional da Criança, as comunidades cristãs da Síria, tanto católicas como ortodoxas, viverão em conjunto uma oração especial pela paz que terá como protagonistas precisamente as crianças”, disse, na Praça de São Pedro, antes da recitação da oração do ângelus.
Francisco realçou que “as crianças sírias convidam as crianças de todo o mundo a unir-se a elas na oração pela paz”.
O Dia Internacional da Criança vai ser assinalado na Síria com um conjunto de procissões pela paz no país, em guerra desde 2011, com iniciativas previstas nas cidades de Damasco, Alepo, Homs, Tartus e Marmarita.
A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, quem tem acompanhado as comunidades católicas no terreno, informa em comunicado enviado à Agência ECCLESIA que “esta iniciativa inédita tem o apoio de todos os patriarcas da Síria” e “pretende ser replicada também em todo o mundo”.
A intenção é promover “uma grande oração pela paz lembrando as crianças que são, seguramente, das principais vítimas da guerra”.
A AIS convida escolas, paróquias e movimentos a unir-se a esta jornada de oração pela paz, “tendo presente o sofrimento dos filhos da Síria, causado por estes anos de conflito armado”.
O bispo de Lakatia, D. Antoine Chbeir, deixou votos, através da fundação pontifícia, “que outras crianças em redor do mundo sigam também o exemplo das crianças da Síria”.
Iniciada em 2011, a guerra civil na Síria já terá causado a morte a cerca de 470 mil pessoas, segundo dados do Centro Sírio para Pesquisa Política, a que se somam milhões de feridos, deslocados e refugiados, para além de elevados danos materiais.
OC
http://www.agencia.ecclesia.pt/noticias/vaticano/siria-papa-associase-a-jornada-de-oracao-pela-paz-no-dia-da-crianca/
E se fosse eu?
“E se fosse eu?”, um desafio, lançado aos estudantes do ensino básico e secundário, a nível nacional, no Dia Internacional Contra a Discriminação Racial (21 de março) para que no próximo dia 6 de abril se coloquem na pele de um refugiado e arrumem a sua mochila como se estivessem a fugir da guerra, a sair da sua casa e deixar o seu país.
Antes da partida têm de selecionar as poucas coisas que podem levar consigo num trajeto de milhares de quilómetros. É isso que acontece às famílias de refugiados que partem da Síria, deixando tudo para trás.
O plano é que na primeira aula, a 6 de abril, além deste desafio, seja feita uma reflexão entre o professor e os alunos sobre o que é ser refugiado.
Ainda que se trate de uma simulação, o ser-se colocado perante esta experiência vai fazer perceber um pouco melhor o que quer dizer a vida de refugiado.
“E se fosse eu?” é uma iniciativa conjunta da Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), da Direcção Geral da Educação, do Alto Comissariado para as Migrações e do Conselho Nacional da Juventude,inspirada no projeto “What’s In My Bag?” desenvolvido pelo International Rescue Comitee em colaboração com o fotógrafo Tyler Jump.
Crê-se que esta iniciativa tem uma dimensão importantíssima de educação para a cidadania e de perceber que nenhuma comunidade e nenhum país estão isentos do risco de poder, um dia, ter uma situação de conflito, de crise e ser obrigada a fugir. Mas também representará um exercício de mobilização dos jovens para esta causa do acolhimento e integração dos refugiados.
A propósito da campanha “E se fosse eu?”, Rui Marques, Coordenador da PAR diz tratar-se “de um exercício de empatia com quem foge da guerra na Síria e procura proteção humanitária. Perceber o que quer dizer deixar tudo para trás, ter de selecionar o que é mais importante e viver só com uma mochila numa jornada de perigos e de incertezas. Queremos fazer com que os jovens reflitam e debatam sobre o que gostariam de encontrar se vivessem esta situação”.
Até ao momento, chegaram a Portugal 149 refugiados distribuídos e acolhidos por várias organizações de todo o país.
Mais informações e inscrições sobre a campanha em www.esefosseeu.pt