Jul 30, 2020 | Dioceses, espiritualidade, Informações, Publicações
Com tristeza e de forma inesperada a OCPM, soube do falecimento de Inocêncio Mendonça, antigo colaborador do Secretariado Diocesano de Migrações de Viseu. A 3 de julho de 2020, nosso amigo, partiu para a casa do Pai, vítima de doença rara diagnosticada, em menos de 1 mês.
Inocêncio Mendonça de 80 anos, após uma vida de emigração na Alemanha, partilhada com a sua esposa Rosalina, companheira dedicada, integrou com a sua esposa Rosalina Mendonça e o Padre António Matos a equipa do Secretariado Diocesano de Migrações de Viseu de 1994 a 2016.
Que Deus o recompense da sua bondade e empenho pelos migrantes. Condolências à viúva e familiares. Em Fátima rezo por ele e eles. Com a amizade e a bênção episcopal de † António Vitalino, carmelita, bispo emérito de Beja, e até junho de 2020 membro da CEPSMH, responsável pelas migrações
Recentemente fomos surpreendidos com a notícia do falecimento do senhor Inocêncio da Costa Mendonça. Não poderíamos deixar passar esta oportunidade sem endereçar a todos os seus familiares as nossas condolências, nomeadamente à sua esposa, a senhora Rosalina Mendonça. O senhor Inocêncio Mendonça durante muitos anos integrou o Departamento das Migrações da nossa Diocese. Foi também ele e a restante equipa, a sua esposa e o senhor Pe. António Gomes de Matos, que acolheram os atuais membros e os apresentaram à equipa nacional da Obra Católica das Migrações, não esquecendo que também nos acompanharam na nossa primeira participação na peregrinação internacional, em Fátima, onde pudemos constatar a consideração e o carinho que todos os Departamentos das Migrações das diversas Dioceses tinham pelo senhor Inocêncio Mendonça. Paz à sua alma!” Diác. Carlos Alexandre, SDPM Viseu
Já falta um no nosso grupo… Bem, falta fisicamente, mas estará connosco de outra forma.
Grande amigo Mendonça – a lucidez aliada à simplicidade e ao sentido de pertença e de serviço, foram sempre um excelente testemunho. Aprendi bastante com ele e diverti-me também. Tão amigos! Um entendimento 5 estrelas!
Estamos mais pobres. As Migrações estão mais pobres – a Igreja de Viseu está mais pobre.
Até breve, meu amigo! Maria Viterbo, SDPM Porto
Ficamos muito tristes com o falecimento do Amigo Mendonça depois de tantos anos em missão conjunta ao serviço da Pastoral das Migrações. Os nossos sentidos pêsames à Esposa e toda a família. Está em Deus, descanse em Paz. Olga e Zé Barata. SDPM Guarda
Paz à sua alma e, sentidas condolências à família! Pe. António Estevinho Pires, Bragança- antigo secretário diocesano de migrações
Fiquei muito triste com a notícia da partida do nosso amigo Mendonça! Convivemos na equipa de Migrações e encontrei este casal, um Domingo de Ramos,numa das minhas idas a Viseu! Que descanse em paz! Beijinho à esposa. Maria Olivia Palhares, SDPM Viana do Castelo
Na esperança imploro a Deus que o acolha de braços abertos na pátria da ternura. Terminou a sua migração ! Louvo a Deus pelo muito que ele deu à igreja que peregrina na migração. Condolências. Pe. Rui Pedro,Missionário no Luxemburgo. antigo director da OCPM
Presença alegre nos nossos encontros. Que Cristo o receba na sua paz. Diácono Francisco Santos, SDPM Aveiro
Triste notícia. Como diz a Maria, partiu um dos nossos.. Habituei-me, ano, após ano, anualmente, a reencontrar o Sr. Mendonça e testemunhar o seu trabalho no âmbito diocesano das migrações. É triste, mas, mais triste ainda, quando parte um dos que se importavam e cuidava dos que mais precisam. Sentidas condolências à família. Não esquecerei a sua simpatia e o seu sorriso. Que descanse em paz na casa do Pai. Maria Luisa Correia, Caritas Portuguesa
Bem o recordo dos encontros em que participei, continua a sua missão apenas de uma outra forma. Albertina Afonso, SDPM Porto
Que o Senhor lhe dê o eterno descanso! Os meus sentimentos à família, de modo especial à esposa. Rosalina Catarino SDPM Porto
A OCPM recupera algumas palavras do senhor Inocêncio em nome da equipa (Rosalina Mendonça,Inocêncio Mendonça e Pe. António Matos), quando cessou funções no Secretariado de Migrações e da nossa parte fica uma enorme gratidão pelo serviço prestado
“Queremos deixar aqui registado o nosso agradecimento, não só à Obra Católica e seus diversos diretores, mas também aos membros do episcopado que nos acompanharam nos nossos trabalhos. Uma Palavra amiga de reconhecimento a todos os membros dos secretariados diocesanos, que connosco estabeleceram laços de amizade e colaboração estreita.
Assinalamos ainda que a nossa acção pastoral nesta área poderia ter ido muito mais longe, se as paróquias estivessem mais sensíveis aos problemas das migrações e do retorno de tantos que chegaram e não receberam o acolhimento esperado. O nosso esforço e preocupação foi servir a Igreja na pessoa dos Migrantes. A Obra Católica Portuguesa das Migrações celebrou já 50 anos de serviço prestimoso aos cerca de 5 milhões de migrantes espalhados pelo mundo e é do conhecimento público que, em épocas de grandes fluxos de migrações, foi a Igreja sempre a primeira a acompanhar a diáspora e a tomar iniciativas de apoio…” Inocêncio Mendonça – Abril 2016
Mai 12, 2020 | Dioceses, espiritualidade, Missões, Notícias
Evento, marcado na rede social Facebook, assinala início de uma “atípica peregrinação de maio”
Nunca, em mais de 100 anos de história, uma peregrinação se fez sem peregrinos. Nunca até amanhã, às 21h30, quando da Capelinha das Aparições, em Fátima, for iniciada mais uma peregrinação aniversario das aparições da Cova da Iria.
“Este é um momento doloroso: o Santuário existe para acolher os peregrinos e não o podermos fazer é motivo de grande tristeza; mas esta decisão é igualmente um ato de responsabilidade para com os peregrinos, defendendo a sua saúde e o seu bem-estar”, avança o reitor do Santuário de Fátima numa mensagem dirigida a todos os peregrinos, na qual lhes pede para ficarem em casa, sublinha o padre Carlos Cabecinhas, diretor do Santuário mariano.
Para uma noite “atípica” o santuário de Fátima propõe a iniciativa «Manto de Luz», já amanhã.
Na noite de 12 de maio, a partir das 21h30, “rezemos a oração do Rosário e acendamos uma vela, colocando-a na nossa janela. Unidos pela fé, participemos nesta grande Procissão das Velas, criando, a partir de nossa casa, um manto de luz, sob a proteção da Senhora do Rosário de Fátima”.
O evento criado na rede social Facebook conta já com mais de 5 mil pessoas a dizerem “presente”.
Como habitualmente os serviços de comunicação do Santuário vão disponibilizar transmissão em direto a partir da sua presença no Youtube ou na página www.fatima.pt
Programa sem peregrinos
No dia 13, a habitual oração do Rosário começa às 9h00, na Capelinha das Apariçõ2es e às 10h00 será celebrada a Missa da Solenidade de Nossa Senhora de Fátima, presidida pelo cardeal D. António Marto, bispo de Leiria-Fátima. As celebrações desta primeira Peregrinação Internacional Aniversária, que evoca a primeira Aparição de Nossa Senhora na Cova da Iria, termina com a Procissão do Adeus.
A decisão do Santuário surge no contexto da situação de pandemia que o país e o mundo atravessam e foi comunicada numa mensagem de vídeo do bispo de Leiria-Fátima, cardeal D. António Marto, no passado dia 6 de abril.
A Peregrinação Internacional de maio é a primeira grande peregrinação deste ano pastoral em que o Santuário convida os peregrinos a «Dar graças por viver em Deus» e assinala a primeira aparição de Nossa Senhora aos três Pastorinhos em maio de 1917.
Paróquias com imagem de Nossa Senhora pelas ruas
Nas redes sociais e nas páginas oficiais de muitas paróquias, de norte a sul do país, as comunidades cristãs mobilizam-se para a “passagem da imagem de Nossa Senhora” pelas ruas das localidades que se “esperam vazias”. Os crentes são incentivados a “irem à janela, colocar a sua vela, e rezar a Nossa Senhora a oração do terço”.
Imagem: Santuário de Fátima
Educris|11.05.2020
http://www.educris.com/v3/noticias/9494-fatima-propoe-manto-de-luz-para-a-noite-de-12-de-maio?fbclid=IwAR3mMdzHWqM1pg09pF9w-YAGhtCGmE4v4nAH5DJufq1P2_gIlwyRXb4cpwU
Mar 31, 2020 | espiritualidade, Santa Sé
(«Sagrado» da Basílica de S. Pedro, 27 de março de 2020)
«Ao entardecer…» (Mc 4, 35): assim começa o Evangelho, que ouvimos. Desde há semanas que parece o entardecer, parece cair a noite. Densas trevas cobriram as nossas praças, ruas e cidades; apoderaram-se das nossas vidas, enchendo tudo dum silêncio ensurdecedor e um vazio desolador, que paralisa tudo à sua passagem: pressente-se no ar, nota-se nos gestos, dizem-no os olhares. Revemo-nos temerosos e perdidos. À semelhança dos discípulos do Evangelho, fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda. Demo-nos conta de estar no mesmo barco, todos frágeis e desorientados mas ao mesmo tempo importantes e necessários: todos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos. Tal como os discípulos que, falando a uma só voz, dizem angustiados «vamos perecer» (cf. 4, 38), assim também nós nos apercebemos de que não podemos continuar estrada cada qual por conta própria, mas só o conseguiremos juntos.
Rever-nos nesta narrativa, é fácil; difícil é entender o comportamento de Jesus. Enquanto os discípulos naturalmente se sentem alarmados e desesperados, Ele está na popa, na parte do barco que se afunda primeiro… E que faz? Não obstante a tempestade, dorme tranquilamente, confiado no Pai (é a única vez no Evangelho que vemos Jesus a dormir). Acordam-No; mas, depois de acalmar o vento e as águas, Ele volta-Se para os discípulos em tom de censura: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» (4, 40).
Procuremos compreender. Em que consiste esta falta de fé dos discípulos, que se contrapõe à confiança de Jesus? Não é que deixaram de crer N’Ele, pois invocam-No; mas vejamos como O invocam: «Mestre, não Te importas que pereçamos?» (4, 38) Não Te importas: pensam que Jesus Se tenha desinteressado deles, não cuide deles. Entre nós, nas nossas famílias, uma das coisas que mais dói é ouvirmos dizer: «Não te importas de mim». É uma frase que fere e desencadeia turbulência no coração. Terá abalado também Jesus, pois não há ninguém que se importe mais de nós do que Ele. De facto, uma vez invocado, salva os seus discípulos desalentados.
A tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades. Mostra-nos como deixamos adormecido e abandonado aquilo que nutre, sustenta e dá força à nossa vida e à nossa comunidade. A tempestade põe a descoberto todos os propósitos de «empacotar» e esquecer o que alimentou a alma dos nossos povos; todas as tentativas de anestesiar com hábitos aparentemente «salvadores», incapazes de fazer apelo às nossas raízes e evocar a memória dos nossos idosos, privando-nos assim da imunidade necessária para enfrentar as adversidades.
Procuremos compreender. Em que consiste esta falta de fé dos discípulos, que se contrapõe à confiança de Jesus? Não é que deixaram de crer N’Ele, pois invocam-No; mas vejamos como O invocam: «Mestre, não Te importas que pereçamos?» (4, 38) Não Te importas: pensam que Jesus Se tenha desinteressado deles, não cuide deles. Entre nós, nas nossas famílias, uma das coisas que mais dói é ouvirmos dizer: «Não te importas de mim». É uma frase que fere e desencadeia turbulência no coração. Terá abalado também Jesus, pois não há ninguém que se importe mais de nós do que Ele. De facto, uma vez invocado, salva os seus discípulos desalentados.
A tempestade desmascara a nossa vulnerabilidade e deixa a descoberto as falsas e supérfluas seguranças com que construímos os nossos programas, os nossos projetos, os nossos hábitos e prioridades. Mostra-nos como deixamos adormecido e abandonado aquilo que nutre, sustenta e dá força à nossa vida e à nossa comunidade. A tempestade põe a descoberto todos os propósitos de «empacotar» e esquecer o que alimentou a alma dos nossos povos; todas as tentativas de anestesiar com hábitos aparentemente «salvadores», incapazes de fazer apelo às nossas raízes e evocar a memória dos nossos idosos, privando-nos assim da imunidade necessária para enfrentar as adversidades.
Com a tempestade, caiu a maquilhagem dos estereótipos com que mascaramos o nosso «eu» sempre preocupado com a própria imagem; e ficou a descoberto, uma vez mais, aquela (abençoada) pertença comum a que não nos podemos subtrair: a pertença como irmãos.
«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» Nesta tarde, Senhor, a tua Palavra atinge e toca-nos a todos. Neste nosso mundo, que Tu amas mais do que nós, avançamos a toda velocidade, sentindo-nos em tudo fortes e capazes. Na nossa avidez de lucro, deixamo-nos absorver pelas coisas e transtornar pela pressa. Não nos detivemos perante os teus apelos, não despertamos face a guerras e injustiças planetárias, não ouvimos o grito dos pobres e do nosso planeta gravemente enfermo. Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente. Agora nós, sentindo-nos em mar agitado, imploramos-Te: «Acorda, Senhor!»
«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» Senhor, lanças-nos um apelo, um apelo à fé. Esta não é tanto acreditar que Tu existes, como sobretudo vir a Ti e fiar-se de Ti. Nesta Quaresma, ressoa o teu apelo urgente: «Convertei-vos…». «Convertei-Vos a Mim de todo o vosso coração» (Jl 2, 12). Chamas-nos a aproveitar este tempo de prova como um tempo de decisão. Não é o tempo do teu juízo, mas do nosso juízo: o tempo de decidir o que conta e o que passa, de separar o que é necessário daquilo que não o é. É o tempo de reajustar a rota da vida rumo a Ti, Senhor, e aos outros. E podemos ver tantos companheiros de viagem exemplares, que, no medo, reagiram oferecendo a própria vida. É a força operante do Espírito derramada e plasmada em entregas corajosas e generosas. É a vida do Espírito, capaz de resgatar, valorizar e mostrar como as nossas vidas são tecidas e sustentadas por pessoas comuns (habitualmente esquecidas), que não aparecem nas manchetes dos jornais e revistas, nem nas grandes passarelas do último espetáculo, mas que hoje estão, sem dúvida, a escrever os acontecimentos decisivos da nossa história: médicos, enfermeiros e enfermeiras, trabalhadores dos supermercados, pessoal da limpeza, curadores, transportadores, forças policiais, voluntários, sacerdotes, religiosas e muitos – mas muitos – outros que compreenderam que ninguém se salva sozinho. Perante o sofrimento, onde se mede o verdadeiro desenvolvimento dos nossos povos, descobrimos e experimentamos a oração sacerdotal de Jesus: «Que todos sejam um só» (Jo 17, 21). Quantas pessoas dia a dia exercitam a paciência e infundem esperança, tendo a peito não semear pânico, mas corresponsabilidade! Quantos pais, mães, avôs e avós, professores mostram às nossas crianças, com pequenos gestos do dia a dia, como enfrentar e atravessar uma crise, readaptando hábitos, levantando o olhar e estimulando a oração! Quantas pessoas rezam, se imolam e intercedem pelo bem de todos! A oração e o serviço silencioso: são as nossas armas vencedoras.
«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» O início da fé é reconhecer-se necessitado de salvação. Não somos autossuficientes, sozinhos afundamos: precisamos do Senhor como os antigos navegadores, das estrelas. Convidemos Jesus a subir para o barco da nossa vida. Confiemos-Lhe os nossos medos, para que Ele os vença. Com Ele a bordo, experimentaremos – como os discípulos – que não há naufrágio. Porque esta é a força de Deus: fazer resultar em bem tudo o que nos acontece, mesmo as coisas ruins. Ele serena as nossas tempestades, porque, com Deus, a vida não morre jamais.
O Senhor interpela-nos e, no meio da nossa tempestade, convida-nos a despertar e ativar a solidariedade e a esperança, capazes de dar solidez, apoio e significado a estas horas em que tudo parece naufragar. O Senhor desperta, para acordar e reanimar a nossa fé pascal. Temos uma âncora: na sua cruz, fomos salvos. Temos um leme: na sua cruz, fomos resgatados. Temos uma esperança: na sua cruz, fomos curados e abraçados, para que nada e ninguém nos separe do seu amor redentor. No meio deste isolamento que nos faz padecer a limitação de afetos e encontros e experimentar a falta de tantas coisas, ouçamos mais uma vez o anúncio que nos salva: Ele ressuscitou e vive ao nosso lado. Da sua cruz, o Senhor desafia-nos a encontrar a vida que nos espera, a olhar para aqueles que nos reclamam, a reforçar, reconhecer e incentivar a graça que mora em nós. Não apaguemos a mecha que ainda fumega (cf. Is 42, 3), que nunca adoece, e deixemos que reacenda a esperança.
Abraçar a sua cruz significa encontrar a coragem de abraçar todas as contrariedades da hora atual, abandonando por um momento a nossa ânsia de omnipotência e possessão, para dar espaço à criatividade que só o Espírito é capaz de suscitar. Significa encontrar a coragem de abrir espaços onde todos possam sentir-se chamados e permitir novas formas de hospitalidade, de fraternidade e de solidariedade. Na sua cruz, fomos salvos para acolher a esperança e deixar que seja ela a fortalecer e sustentar todas as medidas e estradas que nos possam ajudar a salvaguardar-nos e a salvaguardar. Abraçar o Senhor, para abraçar a esperança. Aqui está a força da fé, que liberta do medo e dá esperança.
«Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» Queridos irmãos e irmãs, deste lugar que atesta a fé rochosa de Pedro, gostaria nesta tarde de vos confiar a todos ao Senhor, pela intercessão de Nossa Senhora, saúde do seu povo, estrela do mar em tempestade. Desta colunata que abraça Roma e o mundo desça sobre vós, como um abraço consolador, a bênção de Deus. Senhor, abençoa o mundo, dá saúde aos corpos e conforto aos corações! Pedes-nos para não ter medo; a nossa fé, porém, é fraca e sentimo-nos temerosos. Mas Tu, Senhor, não nos deixes à mercê da tempestade. Continua a repetir-nos: «Não tenhais medo!» (Mt 14, 27). E nós, juntamente com Pedro, «confiamos-Te todas as nossas preocupações, porque Tu tens cuidado de nós» (cf. 1 Ped 5, 7).