A Igreja admite ter sido “mais juíza do que irmã” dos ciganos�

ABC (19 Dez) A Igreja admite ter sido “mais juíza do que irmã” dos ciganos Ciriaco Benavente, Bispo de Cárceres e Presidente da Comissão Episcopal das Migrações, durante a apresentação do documento “A Igreja de Espanha e os Ciganos”, publicado pela Conferência Episcopal de Espanha, reconheceu que a Igreja em Espanha nem sempre tratou os ciganos espanhóis como bons samaritanos, referindo que também os cristãos têm sido filhos do seu tempo nos preconceitos e nos comportamentos em relação a este povo. O Episcopado espanhol reconhece que a Igreja muitas vezes mostrou-se mais distante do que próxima e que nem sempre ergueu a voz a favor da dignidade do povo cigano. Recordando que em Espanha existem cerca de 600.000 ciganos, e que a sua presença naquele país está documentada desde 1425, o documento apela a uma mudança de mentalidade na relação com o povo cigano, reconhecendo a sua importância enquanto pessoas com características próprias. A relação da mulher cigana com o trabalho é outro dos aspectos tratados. O documento convida os ciganos a serem evangelizadores do seu próprio povo, sendo assim co-responsáveis na missão e na vida da Igreja. �