D. MARIO RIBOLDI, CIGANO ENTRE OS CIGANOS
Como o Cardeal Peter Turkson referiu no artigo anterior, em 8 de junho, o Senhor chamou a si Mons. Mario Riboldi. O. P. Luigi Peraboni, que com D. Mario Riboldi, D. Massimo Mostioli e ainda com D. Bruno Nicolini, foram os grandes impulsionadores da causa da beatificação do Beato Zeferino, diz a propósito do chamamento de D. Mario: “só Deus sabe quantos ciganos estão lá em cima: que grande festa farão, com cânticos, danças, abraços e aclamações…”.
As mensagens sobre D. Mario, do Cardeal Turkson, do Presidente da Comissão Episcopal para as Migrações da Conferência Episcopal Italiana, do Arcebispo de Milão onde D. Mario morava, entre outras, acentuam a sua vivência e partilha do Evangelho com os ciganos. O Cardeal Turkson diz: “tornou-se um cigano nas tantas comunidades ciganas que caminharam com ele, mas com uma capacidade única de criar pontes entre a Igreja e os ciganos”. Numa brochura feita sobre a sua vida, Mons. Mario Riboldi que não gostava que o tratassem por Mons., – “chamem-me apenas Mario dos ciganos”, à pergunta: “quais são as maiores dificuldades que encontrou na evangelização do povo cigano”, respondeu “a dificuldade sou eu mesmo. Tive que ‘superar-me’ a mim próprio, para penetrar na cultura deste povo… Para nós entrarmos na sua mentalidade, nos seus métodos de vida, nas suas estéticas, é sempre muito difícil. Por isso, devemos antes de mais formar ciganos que se ponham a fazer o que eu estou a fazer. E isto, graças a Deus, está a acontecer”.
De facto, segundo um estudo feito pela equipa de D. Mario, existem em 15 países do mundo (11 dos quais na Europa), um bispo cigano, 82 padres ciganos (um em Portugal), 5 religiosos ciganos, 58 religiosas ciganas e 13 diáconos permanentes ciganos. De rito ortodoxo, existem dois padres ciganos, três monges e 4 monjas ciganos e um diácono cigano.