No dia 8 de Novembro, a Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) promoveu, no Centro Cultural Franciscano, em Lisboa, uma Audição Pública, sob o tema “Dar voz aos pobres para erradicar a pobreza”, onde estiveram presentes o Ministro do Trabalho e da Solidariedade, José Vieira da Silva e o Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, D. Carlos Azevedo.
DAR VOZ AOS POBRES PARA ERRADICAR A POBREZA
No dia 8 de Novembro, a Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP) promoveu, no Centro Cultural Franciscano, em Lisboa, uma Audição Pública, sob o tema “Dar voz aos pobres para erradicar a pobreza”, onde estiveram presentes o Ministro do Trabalho e da Solidariedade, José Vieira da Silva e o Presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social, D. Carlos Azevedo.
O documento fixa como objectivo final “erradicar a pobreza em Portugal num horizonte temporal tão curto quanto possível”, numa “sociedade verdadeiramente inclusiva”, “em que ninguém fique excluído”. As conclusões consideram que a pobreza é um problema de cidadania porque “priva os pobres das condições necessárias ao exercício dos seus direitos civis e políticos.” A pobreza revela que a economia funciona desfocada das prioridades sociais. A pobreza é uma forma de violação dos direitos humanos, competindo ao Estado adoptar “medidas, programas e projectos direccionados para prevenir as causas geradoras da pobreza e para minimizar as suas consequências.” Mas compete também a todos promover uma postura colectiva de crítica face às “inaceitáveis desigualdades de oportunidades e de distribuição da riqueza e dos rendimentos no nosso país.”
A realidade da pobreza não é homogénea, já que “assume diferentes naturezas e múltiplos rostos”. “A erradicação da pobreza não beneficia apenas as pessoas que hoje se encontram em situação de pobreza aliviando-lhes as sequelas da privação, mas constitui também uma mais valia para as pessoas não pobres e para a sociedade no seu todo.”
“Dar voz e poder aos pobres na resolução dos seus problemas é uma condição para o sucesso das estratégias de luta contra a pobreza”. “Só através de uma maior participação dos pobres na concretização das medidas e projectos que lhe são dirigidos se pode encontrar as respostas mais eficientes.”
Por último, o documento relembra o pacto mundial formalizado no início do século XXI e que visava reduzir significativamente a pobreza no Mundo até 2015. A avaliação feita, mostra lacunas e défices de concretização que importa superar nos próximos anos.
A ONPC foi parceira desta iniciativa e com ela colaborou activamente, designadamente na exposição paralela que teve lugar durante a Audição.