Defesa de Espinho (5 mai)
Maria do Carmo Rocha em encontro na Alemanha
A silvadense Maria do Carmo Rocha participou, mais uma vez, no Encontro Internacional do CCIT (Comité Católico Internacional para os Ciganos) que decorreu em Erzabtei St. Ottiiien, na Alemanha, e que contou com a participação de 15 países. A presidente da Obra Vicentina de Auxilio ao Cigano (OVAC) representou Portugal, concretamente a Diocese do Porto juntamente com outros representantes das dioceses de Vila Real e Lisboa.
Na abertura da sessão, o padre Claude Dumas leu uma mensagem do Conselho Pontifício sobre a hospitalidade inter-religiosa no atual envolvimento sociopolítico. Durante o Encontro, foi abordada a situação dos ciganos na Alemanha. “Os padres das paróquias onde vivem ciganos imigrantes prestam auxílio espiritual e social”, registou Maria do Carmo Rocha. “Em alguns casos já têm, inclusivamente, encontrado trabalho para estas famílias”.
“A hospitalidade mútua conduz à uma conversão” assinalou-se neste encontro. O Papa Francisco recorda- nos que “a hospitalidade e os gestos atentos comunicam algo do amor de Deus, e exigem, portanto, a disponibilidade para escutar os outros e para prestar atenção às suas histórias pessoais de fé e às suas comunidades”.
“Somos viajantes e nós temos sede de hospitalidade”, vincou o padre Bruno Marie na sua conferência, constatando que “o caminho de hospitalidade não deixa ninguém para trás”, porque acontece no interior de um povo, e “não é um caminho solitário”.
A silvaldense Maria do Carmo Rocha conclui que esta perspetiva de vida abre-nos naturalmente, ao próximo. “Recordemos o exemplo dos meus pais, em que à mesa de uma casa cristã há sempre uma tigela de sopa para o amigo que está de passagem ou para o necessitado que bate à porta. Não percamos estes costumes. A responsabilidade é comum e partilhada: trata-se de construir novas redes de relações humanas, de acolher a pessoa no centro das nossas comunidades”.
“O desafio é evitar o risco de desumanização, enfatizando os valores que protegem a nossa humanidade e que nos aproximam do desígnio que Deus tem”, concluiu a presidente da OVAC, no final do simpósio internacional. “Cada um pertence à fraternidade de uma única família humana”.