Incidências
Estádio Municipal de Aveiro; domingo, 3 de março de 2013; Beira-Mar 0 Benfica 1 (Óscar Cardozo, penalti aos 15’); árbitro: Manuel Mota (AF Braga); 18.780 espetadores.
Pouca clarividência
e muita ansiedade
Em jogo realizado no último domingo em Aveiro, relativo à 21ª jornada da Liga Zon Sagres, o Beira-Mar averbou uma derrota frente ao Benfica. Mas para quem viu o jogo fica a sensação de injustiça e um amargo de boca. A derrota não se ajusta em nada à equipa da casa, que pecou apenas na hora de finalizar, demonstrando pouca clarividência e muita ansiedade na conclusão dos seus lances de perigo, muito por culpa da pressão que sente por estar numa posição bastante delicada na tabela classificativa.
Entrada nervosa
Na estreia de Costinha em jogos em casa no comando técnico do Beira-Mar, os aveirenses entravam em campo com o objetivo claro de discutir o resultado com o vice-campeão nacional, mas foi ao Benfica que pertenceram as primeiras jogadas de verdadeiro perigo, valendo aos da casa o desacerto com a baliza dos avançados encarnados. Para esta partida, Costinha havia dito que os auri-negros iriam encará-la com bastante seriedade e vontade de mudar o rumo dos acontecimentos, entenda-se resultados negativos. De facto, após um início algo temeroso, começou-se a ver um Beira-Mar atrevido e esperto na busca pelo golo.
Momento do Jogo
À passagem do primeiro quarto de hora da partida e após um cruzamento da esquerda do ataque benfiquista para a área do Beira-Mar, surge o momento do jogo, através de uma interceção com o braço dentro da grande área do capitão dos aveirenses, Hugo, depois de Óscar Cardozo ter cabeceado para a baliza. Essa circunstância levou o árbitro Manuel Mota a assinalar castigo máximo em favor dos visitantes. Tendo nas mãos esta oportunidade de ouro, o avançado não vacilou e deu expressão ao marcador, pondo o Benfica em vantagem.
A luta continua
O Beira-Mar não se atemorizou e foi à luta. Respondeu de imediato e deixou, a espaços, a defesa do Benfica em sobressalto, já que, os homens da casa mais adiantados dispuseram de inúmeras oportunidades para chegar à igualdade. O intervalo chegou com os aveirenses por cima dos visitantes e com boas perspetivas para o que faltava disputar.
Descomplexados
mas muito perdulários
O segundo tempo começou como terminara o primeiro. O Benfica jogava com o resultado, limitando-se a anular as investidas ofensivas do Beira-Mar, criando somente de vez em quando algum perigo para a baliza beiramarense. Este cenário não se alteraria até final. Deste modo, os aveirenses mantiveram a última posição da tabela classificativa, agora sem a companhia do Moreirense, que fez um ponto na deslocação ao Estádio dos Barreiros, enquanto os encarnados alcançaram a liderança isolada do campeonato, fruto do empate forasteiro do Porto em Alvalade.
Injustiçados
mas não resignados
Os comandados de Costinha demonstraram perante o seu público que não merecem estar na posição em que estão na tabela classificativa, prova disso foi a resposta cabal que deram diante de um poderoso Benfica que em Aveiro pouco ou nada se viu. No final do encontro, e pela voz do técnico que foi campeão nacional e europeu como jogador, sentiu-se o sentimento de injustiça que pairava no balneário dos auri-negros. Há vontade de não virar a cara à luta e ir lutando jogo a jogo em busca do objetivo principal desta época que é a manutenção. Há que acreditar até ao fim.
João David Paião
