Triste sina aveirense

Guimarães 2 – Beira-Mar 1 Golo anulado do Beira-mar era limpo. Ajudava a alimentar o sonho da manutenção na primeira liga.

Incidências da partida:

Estádio D. Afonso Henriques; domingo, 7 de abril de 2013; Vitória de Guimarães 2 (Amido Baldé 6’; Soudani 62’) Beira-Mar 1 (Bura 26’); Árbitro: Bruno Paixão (AF Setúbal); 9.530 espetadores.

Cada vez mais

lanterna vermelha

Em jogo realizado no último domingo em Guimarães, relativo à 25.ª jornada da Liga Zon Sagres, o Beira-Mar averbou uma derrota frente ao Vitória local, hipotecando ainda mais a sua permanência no principal escalão do futebol profissional. Para além deste triste acontecimento, e como um azar nunca vem só, viu os seus adversários mais diretos ganharem pontos nos jogos que disputaram, o que equivale a dizer que os auri-negros são cada vez mais últimos na tabela classificativa e vão carregar por mais algum tempo a lanterna vermelha do campeonato nacional, facto esse que não é minimamente do agrado dos comandados de Costinha.

Balde de água fria

O Beira-Mar estava focado na obtenção dos três pontos, para encurtar distâncias em relação aos mais diretos adversários, mas cedo se percebeu que a tarefa não ia ser nada fácil. Pedia-se aos “guerreiros” de Aveiro que encarassem esta partida como uma autêntica final. Os da casa, sabendo do nervosismo e ansiedade que pairava na equipa aveirense, entraram muito determinados na obtenção do golo, que viria a surgir logo à passagem do 6’ por intermédio de Baldé, a concluir da melhor forma um livre a favor da equipa vimaranense. Desta forma, os aveirenses viam-se desde muito cedo em situação de desvantagem, facto que no entanto não intimidou os homens de Costinha, que partiram em busca de amenizar o prejuízo, tendo sido recompensados à passagem do 26’. Após canto de Nildo, Bura antecipa-se a toda a defesa adversária e atira a contar, empatando partida. A resposta dos comandados de Rui Vitória não se fez esperar e na jogada a seguir, Baldé, o homem golo de Guimarães, cabeceia mais uma vez com muito perigo, mas desta feita a bola, caprichosamente, bate no poste da baliza à guarda de Rui Rego e o lance perde-se. Até ao intervalo, as duas equipas pouco ou nada mais fizeram digno de registo para desfazer a igualdade que se verificava no marcador.

Outras forças (ainda)

não acabam com o sonho

A toada com que havíamos ido para o intervalo manteve-se no reatamento da partida. As duas equipas procuraram desfazer a igualdade, mas foram pouco esclarecidas na hora da conclusão dos lances de perigo. Tal como havia acontecido no primeiro tempo, os homens do castelo acabaram por revelar-se letais, para a baliza dos aveirenses. Soudani, à passagem do primeiro quarto de hora, conclui da melhor forma uma jogada de contra-ataque, deixando mais uma vez a equipa visitante em situação de desvantagem. De imediato, Costinha respondeu com a entrada de dois homens frescos para a sua frente de ataque. Esta medida teve os seus frutos pouco depois com a obtenção do segundo golo aveirense, que só não deu o empate aos visitantes porque o auxiliar de Bruno Paixão entendeu que Saleh estaria em fora de jogo na altura do remate de Serginho, erro crasso da equipa de arbitragem que mais uma vez prejudica o Beira-Mar e lhe tira os pontos tão necessários como o pão para a boca. O jogo caminhou depois a a passos largos para o final, sem que o Beira-Mar conseguisse desatar esta teia na qual se encontrava envolvido. Lá diz o ditado que a esperança é a última a morrer, por isso vamos acreditar que ainda é possível Beira-Mar manter-se na principal liga do futebol profissional. Para continuar com ditados e lugares comuns, o sonho é uma constante da vida e quando o homem sonha a obra nasce.

João David Paião