Paços de Ferreira 1 – Beira-Mar 1 Aveirenses confirmam subida do nível exibicional, mas continuam sem vencer em 2013, ao terceiro jogo de Costinha. Grande golo de Ruben deixou equipa em vantagem, mas um (duvidoso) pénalti em tempo de descontos impediu fuga dos lugares de despromoção.
A circunstância
Estádio Capital do Móvel (1325 espectadores); Árbitro: Manuel Oliveira (A.F. Porto). Marcadores: Rúben (13’) e Manuel José (91’).
Antevisão
O Paços de Ferreira é a equipa sensação da época, contabilizando apenas derrotas ante Benfica e Porto e ocupando, à partida para a ronda 22, o terceiro lugar da tabela classificativa, apenas atrás dos clubes que lutam pelo triunfo no campeonato.
O Beira-Mar, sem vencer desde o dia 15 de dezembro (receção ao Rio Ave), tinha porém dado boas indicações na receção ao Benfica, no jogo que completou uma fase complicada da época que compreendia a receção a Braga, Porto e Benfica e que deixou a equipa de Aveiro a segurar a lanterna vermelha, com troca de treinador pelo meio. No histórico de confrontos entre Paços de Ferreira e Beira-Mar no, até agora, Estádio da Mata Real, registam-se 5 vitórias dos “castores”, 4 empates e apenas 1 triunfo aurinegro, a 18 de dezembro de 2011.
Primeira parte de excelente nível
O Beira-Mar entrou bem na partida, a disputar o jogo de igual para igual com a equipa da casa. Aos 13’ Ruben assinou o momento mais bonito do jogo ao recuperar uma bola a meio campo, conseguindo-se esquivar dos seus oponentes e rematar, já dentro da área pacense, ao ângulo esquerdo da baliza do desamparado Cássio. O Paços de Ferreira reagiu e sufocou o Beira-Mar nos minutos finais da primeira parte, dispondo de algumas ocasiões soberanas para igualar a contenda. Valeu a excelente exibição de Rui Rego para garantir a vantagem até ao intervalo.
Golpe de teatro no final
Na etapa complementar o jogo decaiu de qualidade, com menos oportunidades de golo. Os aveirenses conseguiam defender longe da sua área, mas não lograram marcar um segundo tento que sentenciaria a partida. À entrada para o tempo de compensação Poulson atirou-se “para a piscina”, enganando o árbitro que não resistiu à pressão dos adeptos da casa e apontou para a marca de castigo máximo. O jogo terminou pouco depois com os ânimos exaltados no acesso aos balneários. O Paços de Ferreira perdeu o 3.º posto para o Braga e o Beira-Mar não aproveitou deslizes alheios para fugir dos lugares de descida.
Costinha:
“Este jogo teve duas partes distantes, com o Beira-mar a conseguir fazer o seu jogo no primeiro tempo. Depois, na etapa complementar, o Paços arriscou mais e fez um golo de grande penalidade, que não sei se é ou não, mas o árbitro é que tem de decidir. Podíamos ter levado os três pontos”.
Nuno Caniço
POSITIVO/NEGATIVO
* Rui Rego rubricou grande exibição e só foi batido de penálti. Ruben assinou um golo “à Hulk”!
* Num jogo em que foi evidenciando alguma dualidade de critérios na marcação de faltas para um e outro lado, mas sempre sem influência no resultado, Manuel Oliveira foi decisivo para o empate do Paços ao considerar faltosa a intervenção de Ricardo Dias à passagem do minuto 90. Antes havia deixado passar, também na área aveirense, um lance bem mais suscetível de ser assinalado.
