As linhas de orientação do plano de acção incidiram sobre as realidades que mais preocupam os trabalhadores desta Diocese, e foram identificadas com o desemprego, o trabalho precário, progressivamente desregulamentado e mal remunerado, e a pobreza. A estas junta-se uma outra preocupação importante, sobre a família, quantas vezes em resultado de diversas condições de trabalho e emprego. A expansão e a formação são áreas a que se deve dar especial atenção. A celebração dos 75 anos do Movimento deve, também, suscitar o nosso entusiamo.
Os militantes decidiram ainda orientar a sua acção tendo como objectivos a construção de uma sociedade justa e fraterna tanto no mundo do trabalho, afirmando a necessidade de uma justa distribuição da riqueza produzida e a promoção da humanização dos locais de trabalho, como na sociedade, onde os militantes devem agir em consciência e à luz do Evangelho e da Doutrina Social da Igreja. Consideram os militantes que o conhecimento da DSI e o debate de temas sociais são uma forma importante de dinamização do Movimento e da sociedade, que deve ser estimulada a participar activamente.
A Assembleia considerou importante que a sua acção deve envolver a sociedade, as comunidades locais e o Movimento através de actividades dinamizadoras e estimuladoras da reflexão, partilha e convívio no sentido de promover uma sociedade mais coesa, justa e fraterna. Desse modo, serão úteis a realização de formações, encontros, reflexões, convívios, debates. Sem esquecer a importância de parcerias com organizações vocacionadas na defesa da dignidade dos trabalhadores. Tudo isto tendo presente que é importante agir segundo o método de Revisão de Vida (RVO), que deve ser revitalizado.
O Plano de Acção aprovado para 2011/2012 estava já, de algum modo, previamente trabalhado pelos grupos de base, o que permitiu um trabalho de grupos mais aprofundado e a apresentação de algumas propostas de alteração que surgiram nos trabalhos de grupos e durante os momentos de debate.
Importa registar que o plano da acção aprovado, e o seu lema “Trabalho digno, Sociedade Humanizada”, resulta da decisão de manter, com ajustamentos necessários, o plano do ano anterior, já que a realidade da sociedade e do mundo do trabalho se apresenta essencialmente com os mesmos problemas, registando-se um agravamento dos mesmos.
Estiveram presentes convidados da equipa em formação de S. Jacinto (Artur Lélis), da JOC (Rui) e da Equipa Nacional (Fátima Almeida).
Os coordenadores diocesanos encerraram os trabalhos da Assembleia, tendo a Emília Ventura feito um apelo ao espírito solidário na concretização do plano de acção e, sobretudo, na defesa da dignidade dos trabalhadores através do RVO. Por sua vez, o Joaquim Mesquita salientou a importância do sentimento de solidariedade e fraternidade que deve assistir a toda a acção concretizada nas organizações eclesiais, em especial no nosso Movimento, LOC/MTC.
A Assembleia terminou com a celebração da Eucaristia, presidida pelo Assistente Diocesano, Pe Luís Barbosa, muito participada e rica de simbolismo. Sempre presente, esteve a esperança num mundo mais justo e fraterno.
Os coordenadores diocesanos de Aveiro