De forma a inspirar, de modo sustentado, os passos assumidos na sua missão, os militantes foram desafiados a viver Cristo em pleno nos seus grupos e nos seus campos de ação através de uma formação que trouxe testemunhos de fé, ação e transformação. Através de uma militância comprometida no mundo e na Igreja, não deve ser valorizada a quantidade de ações mas o poder transformador que estes atos de fé despoletam. Ao nos querermos assumir como cristãos responsáveis e agentes transformadores, devemos permitir que surja em nós o apelo à nossa entrega: “Eu estou aqui! Eu quero integrar-me e fazer parte da comunidade!”, sem receios de surpreender por arriscar a diferença. Esta caminhada deve alimentar-se da Revisão de Vida Operária: Ver bem, Julgar de forma profunda e Agir para transformar. Este mêtodo é caminho para que os jovens tenham qualidade de vida enquanto filhos de Deus, assumindo o seu compromisso com confiança. Tal conduzirá à ação, essencial para a formação da personalidade e do carácter cristão de cada jovem, enaltecidos pelo espírito de fazer algo novo e de semear esperança.
Contudo, como foi referido, o método sem a mística não passa de uma gramática, pelo que os jovens precisam de diferenciar se estão a orientar a sua vida por palavras ou por obras. Tomando como verdade que “Assim como o corpo sem alma está morto, assim também a fé sem obras está morta” (Epístola de São Tiago 2, 26), o papel do assistente e do animador da fé é indispensável no cruzamento do Evangelho com a vida e vice-versa.
Incentivados pela frescura do Papa Francisco, que anuncia a Primavera na Igreja, sentimos também desta forma reforçado o valor que a JOC atribui à pequena ação, incutindo em cada jovem o impulso de que “Tudo começa por ti!” (Hino da JOC). Assumindo este compromisso, o plano de ação definido visa o fortalecimento das bases existentes, com a formação de novos grupos e a sensibilização dos militantes para a importância do seu testemunho e do seu comprimisso para com os jovens que acompanham. Neste sentido, é necessário conscencializar os jovens para os problemas sociais que os envolvem, capacitando-os com espírito crítico e espiritualidade cristã.
De forma concreta, a JOC definiu viver uma Campanha Nacional sobre a realidade cruel do desemprego, que será lançada em janeiro de 2014 e terminará em agosto de 2015. Partimos, então, da nossa fé, para avançar com as nossas obras, cumprindo a inspiração que deu mote a esta Assembleia: “A Fé sem obras é morta!”.
Figueira da Foz, 17 de agosto de 2013