Apoio diocesano às vítimas dos incêndios

Também na zona diocesana de Aveiro os incêndios provocaram vítimas e foram motivo de grandes preocupações humanas e perdas materiais. Várias freguesias foram atingidas, mas foi em Avelãs de Cima onde pessoas humildes foram mais atingidas nos seus bens, ficando na total dependência, por terem perdido a sua casa e todos os demais haveres.

A autarquia e a paróquia deram as mãos para ajudar os mais atingidos e pedem auxílio a quem generosamente queira e possa manifestar a sua solidariedade efectiva.

Na freguesia de Avelãs de Cima, concelho de Anadia, foram vítimas dos incêndios 10 dos seus lugares. Desapareceram, por via de um fogo destruidor, florestas inteiras, má-quinas de agricultores e madeireiros, palheiros, currais, vinhas e hortas. Trata-se de uma zona onde a maioria das pessoas vive da floresta e da agricultura. Um manto preto cobre toda a freguesia, em virtude dos mais de 10 mil hectares ardidos.

A tragédia maior foi no lugar do Corgo de Baixo, onde três famílias, de gente idosa, ficaram desalojadas e absolutamente sem nada: casa, animais e outros haveres.

Convoco os diocesanos para a partilha fraterna e generosa, como se cada um de nós fosse vítima desta catástrofe e necessitasse da ajuda dos outros. Se algum pároco, ouvido o Conselho Económico Paroquial, entender que, para além da sensibilização dos cristãos, pode ter outras iniciativas de apoio, não deixe de o fazer.

Os donativos podem ser enviados para Caritas Diocesana – Rua do Carmo, 42 – 3800-127, Aveiro; para a Secretaria Episcopal, Rua Cândido dos Reis, 107 – Apartado 541 – 3801-960 Aveiro; para Padre Ma-nuel Dinis Tavares, S. Pedro, 3780-351 Avelãs de Cima; para a Junta de Freguesia de Avelãs de Cima.

Nestas horas e circunstâncias, podemos todos auscultar o que nos vai no coração e qual o peso do nosso amor. Para as vítimas, saber que outros se preocuparam com elas, é já um lenitivo. Tanto que se gasta inutilmente e que a outros faz falta! Serão precisas calamidades para que acordemos para um dever de solidariedade que diariamente nos acompanha?

António Marcelino, bispo de Aveiro