Na Diocese de Viseu, a Etnia Cigana não está esquecida. Reestrutura-se, presentemente, uma Pastoral mais empenhada
POSTAL DE VISEU
Na Diocese de Viseu, a Etnia Cigana não está esquecida. Reestrutura-se, presentemente, uma Pastoral mais empenhada, primeiramente, no conhecimento das realidades dos núcleos de Ciganos presentes na Diocese, em ordem a, de seguida, se tornar também mais actuante na evangelização e promoção humana das cerca de quatro centenas de irmãos nossos, cuja cultura e valores se desconhecem e, por isso, são tão marginalizados.
No Secretariados Diocesano de Pastoral Social, foi criado o Departamento da Mobilidade, em que se integram as Migrações e Turismo e a Pastoral dos Ciganos. Esta, dentro da nova estrutura, iniciou as suas actividades, com reunião da sua equipa, em 16 de Fevereiro p. p. Tem em curso um inquérito aos párocos que visa um levantamento das comunidades ciganas existentes e seu envolvimento a nível religioso.
Tem-se consciência, porém, de que há uma longa caminhada a percorrer e a passo mais acelerado, em Igreja, aliás, de acordo com as “Orientações”, emanadas em 8/12/2005, do Conselho Pontifício da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes, que, no seu n.º 4, afirma: “Dado que o caminho de plena comunhão entre Ciganos e não Ciganos apenas começou, ou até, em numerosos países, ainda falta percorrer, pede-se a todos uma grande conversão da mente, do coração e das atitudes”.
Viseu tem novo Bispo desde 23 de Julho deste ano de 2006, D. Ilídio Pinto Leandro, que, durante alguns meses anteriores à sua ordenação episcopal, foi pároco de S. Salvador, onde o bairro da Paradinha, na sua maioria, é de população de Etnia Cigana, com quem criou extraordinária empatia. Muito há a esperar de tal Mestre e Pastor.
L.C.