Quem é Jesus para nós?

O que é que as pessoas dizem de Jesus? E quem é Jesus para mim? Duas perguntas no Evangelho deste 21.º Domingo do Tempo Comum a provocar a nossa fé em Cristo.

Muitos veem em Jesus um homem bom, generoso, atento aos sofrimentos dos outros, que sonhou com um mundo diferente.

Outros veem em Jesus um admirável mestre de moral, com uma proposta de vida interessante, mas que não conseguiu impor os seus valores.

Alguns veem em Jesus um admirável condutor de massas, que acendeu a esperança nos corações das multidões carentes e órfãs, mas que passou de moda quando as multidões deixaram de se interessar pelo fenómeno.

Outros ainda veem em Jesus um revolucionário, ingénuo e inconsequente, preocupado em construir uma sociedade mais justa e mais livre, que procurou promover os pobres e os marginais e que foi eliminado pelos poderosos, preocupados em manter a situação.

São visões que apresentam Jesus como um homem excecional que marcou a história.

Para os discípulos, e também para nós, seus seguidores, Jesus foi bem mais do que um homem. Ele foi e é o Messias, o Filho de Deus vivo. A proposta que Jesus apresentou não é apenas uma proposta de um homem bom, mas é uma proposta de Deus, destinada a tornar cada homem ou cada mulher uma pessoa nova, capaz de caminhar ao encontro de Deus e de chegar à vida plena da felicidade sem fim. A diferença entre o homem bom e o Messias, Filho de Deus, é a diferença entre alguém a quem admiramos e que até pode ser igual a nós, e alguém que nos transforma, que nos renova e que nos encaminha para a vida eterna e verdadeira.

“E vós, quem dizeis que Eu sou?” É uma pergunta que deve, de forma constante, ecoar nos nossos ouvidos e no nosso coração. Responder a esta questão não significa papaguear lições de catequese ou tratados de teologia, mas sim interrogar o nosso coração e tentar perceber qual é o lugar que Cristo ocupa na nossa existência. Responder a esta questão obriga-nos a pensar na importância que os valores do Evangelho assumem nas nossas opções, no esforço que fazemos ou que não fazemos para seguir Jesus.

A Igreja de Jesus, a comunidade dos discípulos que reconhecem Jesus como o Messias, o Filho de Deus, assenta e constrói-se sobre esta mesma fé.

Quem é Jesus para nós? E que dizemos d’Ele, ou não dizemos, quando se apresenta a ocasião para testemunhar a nossa fé? Ao longo desta semana, tomemos tempo para colocar esta questão a nós mesmos, na realidade muito concreta das nossas existências em Cristo, homem amável, Deus adorável.

Manuel Barbosa
www.dehonianos.org