Edifício para conhecer a Ria de Aveiro inaugurado depois de “mil problemas”

Ribau Esteves e a vereadora Raquel Madureira descerraram a placa da inauguração

Ribau Esteves e a vereadora Raquel Madureira descerraram a placa da inauguração

CMIA serve para conhecer fauna e flora da Ria de Aveiro, bem como o Cais da Ribeira de Esgueira e os parques ribeirinhos do Carregal e de Requeixo.

 

O CMIA foi inaugurado na tarde de 19 de junho, depois de muitas vicissitudes e “mil problemas”, como referiu o presidente da Câmara Municipal de Aveiro (CMA) no ato da inauguração. “Os erros mais graves entre o dono de obra e o empreiteiro foram aqui cometidos”, disse Ribau Esteves, salientando, no entanto, que o CMIA, “sendo uma boa ideia na sua génese, merecia ser transportado para o futuro”. O autarca elogiou, por isso, mas como “exceção”, os colaboradores camarários que resolveram os impasses.
D. António Moiteiro, Bispo de Aveiro, benzeu as instalações, querendo com o gesto, como explicou, abençoar as pessoas que nele trabalham e dele vão usufruir.
Antes conhecido como Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental, o CMIA, junto à TIRTIFE e às instalações do Sporting Clube de Aveiro, é agora Centro Municipal de Interpretação Ambiental, integrando informação sobre a Ria de Aveiro e sobre mais três espaços lagunares do município: Cais da Ribeira de Esgueira, Parque Ribeirinho do Carregal e o Parque Ribeirinho de Requeixo.
No CMIA pode-se conhecer a fauna e flora da Ria, ver filmes no auditório, interagir com dispositivos multimédia e observar a Ria e a cidade, quer do interior do edifício quer do seu topo.
O CMIA está aberto à sexta-feira, das 9h30 às 12h30 e das 13h30 às 17h00, e no primeiro sábado de cada mês, no mesmo horário. Nos outros dias, abre para escolas ou outros organismos, mediante marcação prévia nos serviços camarários.

 

Um milhão de euros e muitos contratempos
Prevista no Programa Aveiro Polis, SA em 2005, a obra teve início em setembro de 2008, para ser executada pela empresa Arlindo Correia & Filhos SA pelo valor de 739.841,41 euros (mais IVA) e um prazo de 180 dias. A empreitada sofreu diversas vicissitudes, de onde se destaca a suspensão entre 12/12/2008 e 14/5/2009. Em 2011 foi novamente suspensa.
O atual executivo municipal contratualizou trabalhos adicionais no valor de aproximadamente 150 mil euros, regularizando “um conjunto de patologias”. “Na prática a obra esteve parada três anos (de 2011 até 2014) agravando o passivo ambiental em que o edifício se tinha tornado, fruto das múltiplas ações de vandalismo, causando danos e necessidade de repetir alguns investimentos que já tinham sido executados, aumentando assim o custo global final da empreitada”, refere uma nota de imprensa da CMA.
Em 2015, o executivo conseguiu do programa MaisCentro cerca de 30 mil euros para os arranjos exteriores, incluindo um parque de merendas e zona de estacionamento.
Na fase final da obra, a CMA investiu ainda cera 110 mil euros em equipamento informático e audiovisual, mobiliário, material expositivo, material didático e materiais de comunicação, que embora previstos na candidatura inicial não se poderiam executar sem a finalização e a ativação da obra. No total, o investimento no CMIA é superior a um milhões de euros.