Francisco no dia do Centenário das Aparições: “NÃO PODIA DEIXAR DE VIR AQUI”

“Irmãos e irmãs, obrigado por me acompanhardes”

Homilia lembra sofrimentos da humanidade e pede mobilização contra “indiferença”. “Não queiramos ser uma esperança abortada”, apelou.

 

O Papa Francisco disse que a sua presença em Fátima para a celebração do 13 de maio foi sempre inquestionável, apelando a uma mobilização contra a “indiferença”. Irmãos e irmãs, obrigado por me acompanhardes! Não podia deixar de vir aqui venerar a Virgem Mãe e confiar-lhe os seus filhos e filhas”, disse, na homilia da Missa a que presidiu de manhã, no altar do recinto de oração na Cova da Iria.
Perante centenas de milhares de pessoas, que acompanharam desde a sua chegada, na sexta-feira, 12, o Papa quis deixar uma mensagem de esperança e de paz aos que mais sofrem.
“Suplico [a paz e a esperança] para todos os meus irmãos no Batismo e em humanidade, de modo especial para os doentes e pessoas com deficiência, os presos e desempregados, os pobres e abandonados”, declarou, na terceira intervenção em solo português.
Francisco afirmou que em Fátima se dá uma “verdadeira mobilização geral” contra a “indiferença” que gela o coração humana e “agrava a miopia do olhar”. “Não queiramos ser uma esperança abortada”, prosseguiu.
A homilia da Missa conclusiva da peregrinação internacional aniversária do 13 de maio abordou depois o tema do sofrimento, referindo aos peregrinos que o próprio Jesus “se humilhou e desceu até à cruz”.
“Sob a proteção de Maria, sejamos, no mundo, sentinelas da madrugada que sabem contemplar o verdadeiro rosto de Jesus Salvador, aquele que brilha na Páscoa, e descobrir novamente o rosto jovem e belo da Igreja, que brilha quando é missionária, acolhedora, livre, fiel, pobre de meios e rica no amor”, apelou.