Pais dos alunos do Instituto Duarte de Lemos sentem-se desrespeitados pelo Ministério da Educação

O IDL maniufestou-se frente à Assembleia da República no dia 29 de maio

O IDL manifestou-se frente à Assembleia da República no dia 29 de maio

Pais preveem encerramento da escola no concelho de Águeda no final de 2016/17 e consequente “exportação” dos filhos para Albergaria e Aveiro.

 

Os pais dos alunos do Instituto Duarte de Lemos (IDL – Trofa do Vouga, Águeda) lamentam “a forma como a Secretária de Estado da Educação tratou toda a comunidade educativa do IDL” ao saberem pela comunicação social, e não em termos oficiais, que a escola da Trofa do Vouga não pode abrir turmas com contrato de associação no 5.º e 7.º anos. “Volvidas estas semanas a Direção do IDL ainda não recebeu qualquer ofício a informar da decisão do Ministério da Educação. É o maior de todos os desrespeitos pelas crianças, jovens, pais, funcionários, professores, diretores e proprietários. Igualmente injustificável é o facto de não terem chamado o executivo municipal a pronunciar-se sobre a situação, uma vez que é o órgão que melhor conhece a sua realidade territorial”, refere um comunicado dos pais enviado ao Correio do Vouga.
Os pais referem ainda que, “no meio de toda esta instabilidade, começa a corrida às vagas nas escolas públicas que as famílias consideram mais adequadas e quando estas terminarem, as restantes crianças e pais ver-se-ão obrigados a frequentar estabelecimentos de ensino com os quais não se identificam, colocando em causa o desempenho e sucesso destas crianças e jovens”.
O IDL abriu portas no ano letivo de 1997/98, tendo atualmente cerca de 600 alunos no 2.º e 3.º ciclos. É uma escola com contrato de associação, “faz parte da rede pública e presta um serviço público, sendo a sua frequência inteiramente gratuita para as famílias”, como lembram os pais, que adiantam que “as crianças e jovens que frequentam esta escola são provenientes de todas as freguesias do concelho [de Águeda], embora com maior incidência nas da sua área de influência: Óis da Ribeira, Travassô, Trofa do Vouga, Segadães, Lamas do Vouga e Serém”. 45% da sua população estudantil é beneficiária de subsídios de ação social escolar, adiantam os pais.
O IDL é uma das 39 escolas que não podem abrir turmas com contrato de associação no início de ciclo, conforme o despacho governamental de 20 de maio.
Não podendo abrir novas turmas, os pais lamentam o “previsível encerramento do IDL no final do ano letivo de 2016/17”, havendo então necessidade de “exportar” os jovens para os concelhos vizinhos”, pois o estudo do Ministério da Educação “considera como escolas de acolhimento das crianças e jovens do IDL as escolas EB de Eixo [Aveiro] e de S. João de Loure [Albergaria-a-Velha].