Base aérea abre-se à comunidade e ao turismo

“Espaço de memória” no RI10 de S. Jacinto

“Espaço de memória” no RI10 de S. Jacinto

Instalações de S. Jacinto, criadas por causa da I Guerra Mundial, integram a rede de turismo militar.

 

O Regimento de Infantaria Dez (RI10), instalado na antiga base aérea de S. Jacinto, abriu o seu espaço à comunidade e ao turismo, permitindo que os turistas visitem locais como o “Espaço de Memória” e a Capela, entre outros, ou passem junto a edificações históricas, entre as quais, os hangares um e dois (construídos por volta de 1920 e de 1940, respetivamente), a torre e os imóveis que ladeiam a parada principal, projetados pelo arquiteto Keil do Amaral.
Mais do que um núcleo museológico, o “Espaço de Memória” é o centro explicativo daquele espaço militar, fundado pela aviação francesa durante a Primeira Grande Guerra e que depois esteve permanentemente ocupado pelas forças armadas portuguesas, sendo talvez o único aquartelamento militar português que acolheu forças dos três ramos. Inicialmente, como base da Aviação Naval esteve dependente da Marinha. Em meados do século XX passou para a Força Aérea, estando aí instalada uma base aérea e, mais tarde, tropas paraquedistas. Atualmente, é sede do Regimento de Infantaria 10 (RI10), um regimento fundado nos inícios do século XIX e que, em meados do século XX, esteve estacionado no centro da cidade de Aveiro, estando sob tutela do Exército.

Imagens de Nossa Senhora do Ar e do patrono da Força Aérea, S. Miguel Arcanjo

Imagens de Nossa Senhora do Ar e do patrono da Força Aérea, S. Miguel Arcanjo

Na capela, encontram-se imagens simbólicas, como a de Nossa Senhora do Ar e a de S. Miguel Arcanjo, a primeira, ainda do tempo da Força Aérea, sendo o segundo o padroeiro das tropas paraquedistas. Normalmente, estas duas imagens incorporam-se na procissão da festa em honra de Nossa Senhora das Areias, num gesto simbólico de ligação do espaço militar à comunidade civil.
Se hoje o RI10 tem menos de 500 militares, quando a base acolhia as tropas paraquedistas, o número de militares aí estacionados era bastante superior, rondando os 1.500.
Nesta abertura à comunidade e ao turismo, o RI10 estabeleceu uma série de parcerias e protocolos de cooperação com entidades diversas, com destaque para a Câmara Municipal de Aveiro e algumas instituições, incluindo universitárias, integrando também a rede de turismo militar.
Com o objetivo de divulgar este espaço, dando a conhecer o seu património e a sua história, a ADERAV promoveu, no dia 26 de setembro, uma visita ao RI10.