Cáritas Diocesana de Aveiro entregou casa em Vila Nova de Monsarros

A casa foi construída entro dos prazos e valores contratados

Há um ano, o fogo destruiu a habitação de uma família de três pessoas.
Na sexta-feira, a casa nova foi oficialmente entregue.

 

Na orla florestal da zona serrana de Vila Nova de Monsarros, por iniciativa da Cáritas Diocesana de Aveiro, a família de D.ª Rosa foi contemplada com uma nova moradia que substituiu a sua anterior habitação, destruída durante o incêndio florestal que verão passado devastou parte significativa da floresta do concelho de Anadia.
A entrega oficial dessa nova habitação teve lugar na própria casa, na passada sexta-feira, evento que contou com as presenças do secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, da presidente da Câmara Municipal de Anadia, Teresa Cardoso, do Bispo da Diocese de Aveiro, D. António Monteiro, e dos presidentes da Cáritas Portuguesa e da Cáritas Diocesana de Aveiro, Eugénio Fonseca e José Alves, respetivamente.
Após D. António Moiteiro ter benzido a casa, a cerimónia prosseguiu com o diácono José Alves a explicar com os factos que motivaram a entrega desta nova habitação, lembrando que a casa então habitada pela família de D.ª Rosa “ficou bastante danificada pelo fogo”, pelo que a “Câmara Municipal de Anadia e a Cáritas Diocesana, através da campanha de ajuda às vítimas dos incêndios, decidiram que se construísse uma casa nova, de raiz, puxada aqui para o alinhamento da rua, uma vez que a outra casa não estava legal e ficava lá em cima na encosta. Decidiu-se fazer uma casa com as condições de dignidade para esta família, uma família carenciada”.
O responsável pela Cáritas aveirense realçou que “a casa foi construída dentro dos prazos que foram contratados”, e que “os valores contratados foram os valores realmente pagos”. De seguida, enalteceu a “parceria que houve entre a Câmara Municipal de Anadia e a Cáritas”, a qual “foi fundamental para que esta obra fosse construída”.
Por sua vez, a presidente do executivo municipal anadiense agradeceu “à Cáritas por esta parceria que tem acontecido noutras ocasiões e, nesta em particular, ter conseguido juntar esforços para construir esta habitação e devolver a esta família as melhores condições de habitabilidade e de dignidade”. Teresa Cardoso reafirmou que a autarquia “está sempre de portas abertas” para acolher iniciativas da Cáritas que visem melhorar as condições das pessoas vítimas dos incêndios ou de outras situações.
A autarca agradeceu a presença do secretário de Estado da Administração Interna, recordando que tanto o governante como a ministra da Administração Interna “acompanharam de perto e nos deram todo o apoio quando do grande incêndio do ano passado que devastou a nossa floresta”, fogo que apesar de não ter causado vítimas humanas, “mudou por completo a nossa floresta”, e ajudou também a sensibilizar a população anadiense para a questão da floresta.

 

“Cáritas é uma organização da nossa inteira confiança”
O governante começou por agradecer o apoio prestado pela Cáritas Portuguesa e pela Cáritas Diocesana de Aveiro “pela forma como trabalhámos em conjunto”, dizendo que o Ministério da Administração Interna escolheu a Cáritas para parceiro no trabalho de ajuda às vítimas dos incêndios do ano passado, indicando a Cáritas como entidade a quem deveriam ser entregues os donativos doados por empresas. E isso porque, como afirmou, a Cáritas Portuguesa “é uma organização da nossa inteira confiança, e em quem nós depositamos toda a nossa confiança para estes apoios”.
Jorge Gomes lembrou que essa parceria com a Cáritas Portuguesa permitiu a construção desta e de outras casas, e o apoio a empresas cujas instalações também tinham sido afetadas pelos incêndios, dizendo ainda que “demos muita comida para os animais que ficaram sem pasto”.
Depois dizer que esteve no local, no ano passado, precisamente no pior período do incêndio, elogiou o trabalho da autarca anadiense, bem como o “trabalho de tanta gente que permitiu deixar a D.ª Rosa e a sua família bem instalada”, pelo que esta cerimónia serviu para celebrar a resposta que a sociedade dá, a resposta que os cidadãos dão de solidariedade para com as outras pessoas. “Isto é que é o grande valor que nós temos e que o país tem, e temos também, não me canso de afirmar, uma Cáritas que tem sido incansável no trabalho que tem feito por este país. É uma dívida de gratidão que todos nós temos para com a Cáritas”, afimou Jorge Gomes.
Cardoso Ferreira

 

 

Só duas paróquias deram quase 7000 euros para as vítimas dos incêndios deste verão

Ainda não dispomos de dados sobre o montante dos peditórios realizados nas missas do primeiro fim de semana de julho, em Aveiro como em todas as dioceses de Portugal, para ajudar as vítimas dos incêndios, mas alguns dados dizem que as pessoas foram muito generosas. Na paróquia da Glória, Aveiro, os peditórios contabilizaram 4256 euros. O número apareceu “com agrado” na folha paroquial “Diálogo”. Na Gafanha da Nazaré, o pároco agradeceu no final das missas do último domingo a generosidade dos seus paroquianos. Contribuíram com 2465 euros.