D. António Moiteiro: “Memória agradecida”

“Estamos contentes por esta evocação, por aquilo que D. António Francisco foi para a nossa Diocese”, afirmou D. António Moiteiro, na última intervenção da tarde, depois de ter agradecido a diversas pessoas e entidades e em primeiro lugar ao CNE (Corpo Nacional de Escutas – escutismo católico), que acolheu e coorganizou a iniciativa. Momentos antes, aos jornalistas, o Bispo de Aveiro, afirmou que D. António Francisco, “humanamente muito simples”, não quereria tal homenagem. “Nós é que temos obrigação de o tornar presente, pelo significado que tem para nós”, frisou.
Perante escuteiros e diocesanos, que encheram completamente o salão, D. António Moiteiro confidenciou que sentia que era o preferido de D. António Francisco para lhe suceder em Aveiro. “«Se te convidarem [para ires para Aveiro], não digas que não», disse-me várias vezes D. António Francisco”, revelou D. António Moiteiro, acrescentando que, perante um pedido da Igreja, a única resposta só pode ser a disponibilidade de “aceitar o plano de Deus”.
O Bispo de Aveiro disse que, “olhando para D. António Francisco na sua qualidade de crente”, via especialmente a “adesão a Cristo” e o “amor apaixonado”. A publicação “In manus tuas”, sendo uma “memória agradecida”, significa uma forma de “olhar para o passado”, para, à maneira da Eucaristia, “tornar presente e continuar no futuro a construção do Reino de Deus”. E desejou que o livro e a evocação da memória de D. António Francisco “a todos ajudem a olhar para o nosso tempo com esperança, alegria, paciência, com aquela docilidade que vinha do seu coração”.