Papa elogia papel do desporto na construção de “cultura do encontro”

Baggio e Maradona jogaram ambos com o número 10,  na equipa que perdeu

Baggio e Maradona jogaram ambos com o número 10,
na equipa que perdeu

O Papa afirmou que “é possível construir a cultura do encontro e um mundo de paz, onde os crentes de religiões diferentes, conservando a sua identidade, possam conviver em harmonia e no respeito recíproco”. Francisco recebeu na Sala Paulo VI os jogadores e promotores do primeiro jogo inter-religioso pela paz que decorreu no dia 1 de setembro, em Roma, e cumprimentou vedetas da atualidade e ex-futebolistas como Maradona, Del Piero, Javier Zanetti, Buffon, Pirlo, Shevchenko, Paolo Maldini ou Valderrama. “Agradeço-vos porque aderistes prontamente ao meu desejo de ver campeões e treinadores de vários países e de diversas religiões a disputarem uma partida, para testemunhar sentimentos de fraternidade e de amizade”, declarou o Papa.

O jogo opôs a Scholas Ocurrentes e a Fundação Pupi, nomes de dois projetos de educação para as novas gerações. A Scholas Ocurrentes, promovida pelo Papa Francisco, usa a tecnologia, a arte e o desporto para favorecer a integração social e a cultura do encontro das escolas. A Fundação Pupi, do ex-jogador argentino Javier ‘Pupi’ Zanetti, criada há 10 anos na Argentina, desenvolve programas de assistência e adoção à distância.
Segundo Francisco, a iniciativa visou ainda “refletir sobre valores universais que o futebol e o desporto em geral podem oferecer: a lealdade, a partilha, o acolhimento, o diálogo, a confiança no outro”. “Trata-se de valores que são comuns a todas as pessoas, para lá da raça, da cultura e do credo religioso”, prosseguiu. “Em campo, sois chamados a mostrar que o desporto é alegria de viver, jogo, festa e como tal deve ser valorizado através da recuperação da sua gratuidade, da sua capacidade de forjar laços de amizade e de abertura para o outro”, acrescentou. E o resultado do jogo de segunda-feira? 6-3 para a Fundação Pupi.
J.P.F./Ecclesia