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Eu sou porque tu és

Eu sou porque tu és

Numa iniciativa inédita, o Parlamento Europeu acolheu a Academia Ubuntu de jovens líderes, um projeto português, que os eurodeputados Carlos Coelho e Carlos Zorrinho apoiaram, enquanto contributo inovador para pensar a educação para a cidadania.

Quase 30 jovens de vários continentes (Portugal, Espanha, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Angola, Colômbia, Filipinas, Peru e Venezuela) trocaram experiências de liderança e contaram histórias de vidas vulneráveis que faziam prever outro desfecho.

Na língua bantu, ubuntu exprime a consciência da relação entre o indivíduo e a comunidade – eu sou porque tu és – e inspirou Mandela na sua política de reconciliação nacional e de construção da paz. Não se trata de abdicar de si, mas antes promover o autoconhecimento, a confiança e uma resiliência perante as dificuldades que leve à empatia com os outros. Em vez de muros, surgem pontes.

Os projetos comunitários apresentados formam uma longa cadeia de educação não-formal que nos deixa impressionados pela sua dinâmica. As academias de jovens líderes ubuntu começaram há dez anos e foram criando uma cadeia de formadores que passou continentes e continua a progredir.

Em Portugal, o projeto chega agora ao contexto escolar em territórios marcados pela pobreza e pela exclusão. Um dos professores contou a experiência de lidar com alunos que fogem da escola porque ficam sempre para trás e se sentem humilhados. Os estudos mostram que as dificuldades não decorrem de menos capacidades de aprendizagem, mas de fragilidades sociais e emocionais. A escola tem de dotar os alunos de ferramentas que lhes permitam desenvolver-se como pessoas e cidadãos perante um futuro que apenas adivinhamos.

António Damásio, no seu último livro, “A estranha ordem das coisas” (2017), explicava o fascínio da ciência pela descoberta de que os organismos vivos, incluindo os humanos, se constroem segundo algoritmos que servem para fazer funcionar a sua máquina genética. Como anuncia a ficção científica, a inteligência artificial permitirá replicar os humanos e até copiar emoções. Nada que não comecemos a descortinar neste admirável mundo novo de algoritmos ao serviço de interesses hegemónicos.

Cada vez mais a escola tem de promover o conhecimento de cada um e do outro, desenvolver os recursos da inteligência emocional e estimular a imaginação através das artes – tudo para que o Mundo não deixe de pertencer aos humanos.

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Ana Paula Laborinho – PROFESSORA UNIVERSITÁRIA

https://www.jn.pt/opiniao/ana-paula-laborinho/interior/eu-sou-porque-tu-es–10560872.html?fbclid=IwAR3DBVllwgGe6Tz1j2Fb9gsD3IJpwxcXaC3lTSQSRxOR9_fsPRuSvew6PSA

“Nelson Mandela foi líder pelo exemplo”

“Nelson Mandela foi líder pelo exemplo”

17 jul, 2018 – 22:52 • Entrevista moderada por José Pedro Frazão e Ana Galvão

O centenário do nascimento de Nelson Mandela assinala-se esta quarta-feira, em todo o mundo. A importância do símbolo da luta contra o “apartheid” para a história da Humanidade esteve em análise na Tarde da Renascença, com Eugénia Quaresma, diretora do Secretariado Nacional da Mobilidade Humana e da Obra Católica Portuguesa de Migrações, membro do projecto Academia de Líderes Ubuntu, uma filosofia de vida e uma maneira de estar inspirada em Mandela.

http://rr.sapo.pt/noticia/119077/nelson-mandela-foi-lider-pelo-exemplo

 

 

Lisboa homenageia Nelson Mandela “Património da Humanidade”

Lisboa homenageia Nelson Mandela “Património da Humanidade”

Academia de Líderes Ubuntu organizou Conferência “Mandela e Eu” para celebrar o centenário do nascimento de Nelson Mandela que se assinala esta 4ª feira, 18 de julho

Domingos Pinto-Lisboa

Numa iniciativa da Academia de Líderes Ubuntu, projeto do Instituto Padre António Vieira que tem em Nelson Mandela um dos seus principais inspiradores, decorreu 3ª feira, 17 de julho, em Lisboa, a Conferência “Mandela e Eu”.

Um encontro no contexto do centenário do nascimento de Nelson Mandela, e que contou com a presença e o testemunho de diversos convidados nacionais e internacionais, entre os quais D. Ximenes Belo, Premio Nobel da paz 1996, a Embaixadora da África do Sul em Portugal, de John Volmink, Presidente da Ubuntu Global Newtwork (Africa do Sul), e ainda do jornalista da RTP António Mateus, convidado a apresentar o livro “As Cartas da Prisão de Nelson Mandela, “editado pela Porto Editora.

À VATICAN NEWS” Rui Marques, Presidente do Instituto Padre António Vieira e da Academia de Lideres Ubuntu, fala de Mandela como “um património da Humanidade que devemos cultivar”.

Também ligada à Academia de Líderes Ubuntu, Eugénia Quaresma, diretora da Obra Católica Portuguesa das Migrações, sublinha o legado do fundador do Congresso Nacional Africano (ANC) como “uma inspiração, um líder exemplar”

Por sua vez o sacerdote guineense Domingos Fonseca, vigário geral da diocese de Bafatá, diz que “o nome Mandela é uma energia vulcânica de amor”.

https://www.vaticannews.va/pt/mundo/news/2018-07/lisboa-homenagem-nelson-mandela-patrimonio-humanidade.html