A Paz é um direito fundamental da Humanidade, condição essencial à vida humana, à liberdade e à democracia, sem a qual não há bem-estar das populações, progresso social. A paz e a justiça são pilares da construção de um mundo melhor.

São da maior importância a educação para a paz, nomeadamente junto das novas gerações, em prol dos valores da paz, da amizade, da solidariedade, da cooperação, da dignidade, do bem comum, valores que devem nortear as relações entre os Estados e entre os povos, na senda da Declaração Universal dos Direitos Humanos que fez 70 anos.

Acompanhamos o Papa Francisco na sua mensagem do Dia Mundial da Paz, 1 de Janeiro de 2019: Jesus, ao enviar em missão os seus discípulos, disse-lhes: «Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: “A paz esteja nesta casa!” E, se lá houver um homem de paz, sobre ele repousará a vossa paz; se não, voltará para vós» (Lc 10, 5-6).

Oferecer a paz está no coração da missão dos discípulos de Cristo. E esta oferta é feita a todos os homens e mulheres que, no meio dos dramas e violências da história humana, esperam na paz.

A «casa», de que fala Jesus, é cada família, cada comunidade, cada país, cada continente, na sua singularidade e história; antes de mais nada, é cada pessoa, sem distinção nem discriminação alguma. E é também a nossa «casa comum»: o planeta onde Deus nos colocou a morar e do qual somos chamados a cuidar com solicitude.

Consideramos da maior importância o fim das armas de extermínio em massa, nomeadamente de todas as armas nucleares. Apelamos a que os Estados sigam o exemplo do Estado do Vaticano, que foi o primeiro Estado a subscrever a abolição de todas as armas nucleares. Que sigam também o exemplo do Estado do Vaticano ao reconhecer Estados como o da Palestina, no seguimento do compromisso assumido pela comunidade internacional, ou seja, a constituição de dois Estados – Israel e Palestina.

Existem actualmente, em todo o mundo, muitos conflitos, muitas ocupações e muita falta de respeito pela liberdade e pela soberania de muitos povos, mas os Palestinianos de várias religiões que desde há séculos conviviam pacificamente na Palestina e foram submetidos, em 1948, a uma limpeza étnica, constituem, ainda hoje, uma numerosa comunidade de refugiados no mundo.

Também existem muitos países, incluindo Portugal, onde não existem esses conflitos, mas sente-se um aumentar constante da violência doméstica, do assassínio de mulheres, da violência no namoro e no trabalho, da violência gratuita e da justiça pelas próprias mãos, o que nos deve preocupar e fazer pensar que podem ser sinais de perda de valores humanos que põem em causa o nosso direito à Paz.

Pela Paz todos não somos demais. Queremos um direito de todos os povos de viver em justiça e em paz, na igualdade e na dignidade.

Equipa Nacional da LOC/MTC