D. António Moiteiro: “Olhando para vós, vejo caras que já me são conhecidas, que começo a associar a cada paróquia”

D. António Moiteiro: “Olhando para vós, vejo caras que já me são conhecidas, que começo a associar a cada paróquia”

Comunidades fervorosas, caminhos de iniciação no Evangelho e caridade são os pedidos de D. António Moiteiro aos cristãos de Águeda, no final da visita pastoral.

 

“No encerramento da visita pastoral às paróquias do arciprestado de Águeda, que apostas devemos fazer para as nossas comunidades e para a vida dos nossos cristãos?” A questão foi colocada por D. António Moiteiro, na homilia da Eucaristia que concluiu a visita pastoral ao arciprestado de Águeda, no dia 24 de abril, celebrada no salão do Centro Social Paroquial de Recardães. E ele próprio lhe respondeu, enquanto pastor que desde meados de outubro visitou as 21 paróquias do maior arciprestado da Diocese de Aveiro: “Primeiro, tomar o cuidado de construir comunidades fervorosas e autênticas, ao mesmo tempo que acolhedoras e missionárias; segundo, oferecer caminhos de Evangelho que sejam de iniciação, isto é, que façam apelo aos recursos profundos da pessoa ou que a conduzam aquilo que de mais profundo a pessoa possui; terceiro, pôr em ação o Evangelho da bondade, pois foi a caridade dos cristãos que lhes conferiu a sua credibilidade”.
Perante as cerca de 1500 pessoas de todas as paróquias que enchiam o salão do Centro Social Paroquial, D. António Moiteiro afirmou-se como pastor que vai travando conhecimento das suas ovelhas. “Olhando para vós, vejo caras que já me são conhecidas, que começo a associar a cada paróquia. Ser pastor leva a este conhecimento mútuo. Conhecer para que sejamos amigos de Jesus”, disse no início da Eucaristia. Mais tarde, insistiu que a “vida cristã assenta essencialmente no encontro íntimo e vivo com Cristo” e citou três trechos da exortação apostólica “A Alegria do Evangelho”, do Papa Francisco, sobre o “estado permanente de missão” de todas as comunidades, a “opção missionária capaz de transformar tudo”, a ousadia e a criatividade contra o “cómodo critério pastoral”: «fez-se sempre assim». “Ouvi isto, por outras palavras, em muitas comunidades”, disse. O Bispo de Aveiro salientou, por outro lado, que os caminhos de renovação devem ser refletidos no Conselho Arciprestal de Pastoral e nas comunidades. “Temos de nos juntar para todos juntos podermos caminhar”, disse. No final da celebração, o Bispo de Aveiro recebeu de uma menina um ramo de flores por todo o arciprestado. A Equipa Arciprestal de Pastoral Juvenil ofereceu uma T-shirt da pastoral juvenil e disse querer “ser Igreja” unida ao Bispo de Aveiro.
J.P.F.