Ílhavo é “uma comunidade de comunidades”

P.e António de Almeida Cruz

Pároco de Ílhavo desde setembro de 2011, o padre António de Almeida Cruz fala-nos da sua paróquia, “uma comunidade de comunidades”, que recebe a visita pastoral do Bispo de Aveiro até ao dia 26 de março. A visita pastoral de D. António Moiteiro à paróquia mais populosa da diocese de Aveiro começou no dia 12 de março. 

 

CORREIO DO VOUGA – Como caracteriza em termos humanos a paróquia de São Salvador, que é uma das maiores da Diocese de Aveiro?
ANTÓNIO ALMEIDA CRUZ – A paróquia de S. Salvador de Ílhavo abrange a totalidade da freguesia de S. Salvador que tem cerca de 17 500 habitantes, distribuídos por 39 km2, sendo caracterizada por uma zona urbana (centro da cidade) e por uma zona mais rural (lugares na periferia). Encontramos nas pessoas uma grande ligação ao mar e de entusiasta devoção religiosa popular, nomeadamente ao Senhor Jesus dos Navegantes, aspetos que estão bem patentes nas famílias e nas casas das gentes desta paróquia. É uma paróquia de contrastes, sendo que encontramos muita população envelhecida, mas ao mesmo tempo também casais jovens que trazem os seus filhos à catequese.
Para além de ser uma paróquia grande, é complexa. É, aliás, como costumamos dizer por cá, uma comunidade de comunidades com tudo o que isso tem de positivo, mas também com tudo o que tem de problemático: a sua variedade, as suas vivências diferenciadas, mas também os seus conflitos, os seus isolamentos e, por vezes, uma falta de consciência plena da unidade paroquial e uma resistência a essa mesma unidade.
Assim, além de comunidades onde semanalmente se celebra o culto e que são constituídas por vários lugares — Igreja Matriz, Coutada, Ermida-Carvalheira, Gafanha de Aquém e Boa Vista, Légua, Moitinhos, Senhora dos Campos e Vale de Ílhavo — temos ainda as igrejas da Senhora do Pranto e da Vista Alegre e as capelas das congregações religiosas: Irmãs do Amor de Deus (Lar de São José), Irmãs Franciscanas (Obra da Criança), Irmãs do Bom Pastor (Lar Divino Salvador). É, pois, esta comunidade múltipla, mas que pretende caminhar por um caminho de unidade paroquial. Cada Centro das Comunidades funciona como uma quase paróquia. Algumas destas comunidades são maiores que algumas paróquias pequenas da Diocese.

Leia a entrevista completa na edição em papel do dia 15 de março de 2017