Consolidar a paz para não ter que emigrar

Partilhando Vai realizar-se em Fátima, de 9 a 15 de Agosto a XXXII Semana Nacional de Migrações que reflectirá um tema bem oportuno, tirado da Men-sagem do Papa para o 90º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado.(Ver caixilho ao lado)

Nesta euforia do 2004, vivido durante quase, um mês intra muros ou em quase todo o mundo onde moureja um emigrante, leva a cada um de nós reflectir. Perdemos num canto fortuito, mas ganhamos a simpatia do mundo em geral, pela solidariedade, pelo bem receber, pelo saber acolher, o saber estar numa sociedade que cada vez se quer mais humana, mais sem fronteiras!

Mas o que teria sensibilizado profundamente, fazendo gotejar lágrimas em cada português, foi a espontaneidade dos nossos concidadãos em terra estrangeira, ou com mais sabor ainda com o entusiasmo delirante de gente onde outrora arquejavam as Quinas e hoje, saudavelmente, arqueja a sua própria bandeira: Angola, Moçambique, Guiné, Cabo Verde, Brasil.(Ai Brasil, Brasil, como tu cantaste!).

Um sabor especial terá sido o entusiasmo de Timor. (Ai, Timor, Timor, como tu cantaste!) O teu sofrimento foi grande em décadas, mas chegou o dia da esperança, da libertação. O sangue dos teus filhos juntou-se ao amor entranhado de quem te foi dando a mão nas montanhas ou nas cidades! A gratidão faz a história. Continua a amar quem te foi libertando!… Saíste para a rua de bicicleta, de motorizada, em carros de antanho. É lindo, quando Figo, Rui Costa ou outros miúdos, desta nobre geração, virem o espectáculo, sem dúvida, que irão dar a mão a Timor! Encantou a humildade de um povo nas ruas de Timor!…

E os nossos emigrantes de França, Suiça, Alemanha, América, como eles nos deram exemplo de saber vibrar fora de uma Pátria, esquecendo, porventura, tempos idos em que tiveram de galgar fronteiras na calada da noite!

Fátima esteve presente nas velas que se ascenderam à Senhora da Azinheira, à Senhora da Paz. Esteve de mil e uma maneira. Estiveram em foco a PAZ e os Emigrantes!

Migrande – Refugiado

(Da mensagem do Papa)

O Dia do Migrante e do Refugiado, com o tema Migrações em visão de Paz, oferece este ano oportunidade de reflectir sobre um dos assuntos mais importantes. O tema, de facto, chama a atenção da opinião pública para a mobilidade humana forçada, focalizando alguns aspectos problemáticos de grande actualidade por causa da guerra e da violência, do terrorismo e da opressão, da discriminação e da injustiça infelizmente sempre presentes nas notícias quotidianas. Os meios de comunicação social veiculam nas casas imagens de sofrimento. De violência e de conflitos armados. São tragédias que transtornam Países e Continentes, e não raro as regiões mais atingidas são exactamente as mais pobres. De tal modo, que a um drama unem-se outros.

Infelizmente, estamo-nos habituando a ver o peregrinar desconsolado dos desalojados, a fuga desesperada dos refugiados, o desembarque com todos os meios de migrantes nos Países mais ricos em busca de soluções para as suas numerosas exigências pessoais e familiares. Eis, portanto, a pergunta: como falar da paz, quando se registam constantemente situações de tensão em muitas regiões da Terra? E como pode contribuir o fenómeno das migrações para a construção da paz entre os homens?