Cultura e sensibilidade para mais pessoas

Promessa do novo director artístico do Teatro Aveirense “Não foi preciso muito para me convencer. Vim porque vejo que aqui há tudo para poder caminhar”, disse Paulo Ribeiro, na sala principal do Teatro Aveirense (TA), respondendo às palavras iniciais de Aberto Souto. O presidente da Câmara Municipal de Aveiro, entidade que tutela o TA, afirmara que “há homens que fazem a casa”, esperando que o TA se afirme “como espaço de referência nacional”. A nova direcção deverá ter “a sabedoria de atrair sempre mais público, sem condescender com espectáculos de menor qualidade”, afirmou.

Para já, Paulo Ribeiro mostrou-se agradado com o espaço que dispõe – a Sala Estúdio para um “público mais íntimo”, o Salão Nobre onde poderá “restaurar o romantismo” de outros tempos, e a sala grande “para ser um espaço aberto a todos” – e até final deste ano deverá apresentar a programação. O coreógrafo referiu ainda que além do teatro, música e dança, deseja trazer mais “reflexão, pensamento e discussão”, lançando bases para que “a cultura e a sensibilidade sejam mais acessíveis a um maior número de pessoas”.

Natural de Lisboa, Paulo Ribe-ro foi bailarino em companhias da Bélgica e da França, orientou o Teatro Viriato, em Viseu, até 2003, e era, desde esse ano, o director do companhia de bailado da Fundação Calouste Gulbenkian, recentemente extinta. Simultaneamente, dirige a companhia de dança con-temporânea, homónima, que fundou em 1995.

Numa mudança tranquila, visto que estava em fim de contrato, João Aidos, deixa principal sala cultural de Aveiro, que dirigiu nos últimos três anos.

J.P.F.