Diaconado Permanente na Diocese de Aveiro – II

O Diaconado Permanente, na Diocese de Aveiro, teve a sua génese na década de 80 do século passado, graças ao cuidado do então bispo da Diocese, D. Manuel de Almeida Trindade, e do seu bispo coadjutor, D. António Baltasar Marcelino. A necessidade de instaurar o diaconado não surgiu pela imposição da falta de vocações ao presbiterado, mas pela valorização do ministério diaconal e pela preocupação pastoral dos bispos em aplicar as directrizes do Concílio Vaticano II.

Em 1988, D. António Marcelino, bispo da Diocese, ordenou os primeiros nove candidatos ao diaconado. Um segundo grupo, constituído por oito candidatos, foi ordenado em 1993 e em 1999 um terceiro grupo, formado por mais sete candidatos. Ao todo o corpo diaconal ficava constituído por 24 diáconos permanentes.

No decurso da década seguinte, a Diocese vive uma das experiências mais marcantes na sua caminhada pastoral, o II Sínodo Diocesano. Atento à importância que o ministério do diaconado representa para o serviço da Igreja, não só na dimensão social e caritativa, mas em todas as vertentes da pastoral, o II Sínodo valorizou o ministério diaconal, reconhecendo o papel dos diáconos permanentes nas diversas instâncias diocesanas; destacou a importância em dar a conhecer à Diocese a vocação e a missão dos diáconos de modo a suscitar vocações para o diaconado, sobretudo entre os que exercem ministérios laicais e têm responsabilidades na comunidade paroquial; e exortou os diáconos permanentes a um cuidado especial na sua formação teológica contínua, correspondente às exigências do seu ministério, pedindo-lhes que, na missão a exercer, estivessem próximos de todos, como irmãos e amigos.

No próximo dia 5 de Outubro, o corpo diaconal será enriquecido com a ordenação de mais cinco novos candidatos, formando um total de 28 diáconos permanentes na Diocese. A morte do saudoso diácono Carlos Merendeiro da Rocha reduziu o número do primeiro grupo de 24 para 23 diáconos.

A presença atenta, disponível e pastoralmente dedicada dos diáconos permanentes na Diocese, tem dado a muitas comunidades paroquiais e serviços diocesanos uma mais-valia pastoral há muito necessária na Igreja de Aveiro. Os diáconos não estão aí, onde o bispo diocesano os nomeia, pela ausência de padres, mas estão “aí” exactamente pelo que são, diáconos permanentes, e pelo que o seu ministério pode oferecer para o enriquecimento da fé daqueles que são por eles servidos no ministério da Palavra, da Liturgia e da Caridade.