Encontros e confrontos

IGREJA-MUNDO À volta deste tema se realizaram as Jornadas de Teologia, organizadas pelo Instituto Superior de estudos teológicos de Coimbra, para uma assistência interessada, se bem que não tão numerosa como seria desejável.

João Duque, Manuel de Pinho Ferreira, Saturino Gomes, D. José Policarpo e José Dias, desenvolveram as temáticas inclusivas, passando essencialmente por duas vertentes: a presença da Igreja como fermento no Mundo que ela mesma integra, a relação daquela que é a perspectiva institucional da Igreja com o Estado enquanto corporiza a organização do Mundo.

A legítima autonomia e diversidade das instituições – Igreja e Estado – exigem reconhecimento e respeito mútuos, cooperação transparente. Não foi uma constante da história; facilmente se registam desequilíbrios, de que nós próprios temos sidos testemunhas. Uma Concordata é sempre um instrumento regulador de referência.

Outra é a questão de a Igreja ser sacramento do Reino de Deus, cuja amplitude e profundidade a ultrapassam. Aqui, a humildade e persistência de ser fermento, de ser sal de qualidade, não se compraz com as tentações de “imposição” ao Mundo, de pretender identificar as suas fronteiras com as do mesmo.

Somos Povo entre o Povo. A nossa missão é estar aí, nas realidades do Mundo, das culturas, com a nossa convicção e força dos valores do Reino, veiculados por uma forma diferente de viver, sempre respeitadora de opiniões diferentes, sabendo que as “sementes do Verbo” estão também por outras fronteiras. E sempre na esperança de que a plenitude se há-de manifestar, quando for esse o “momento” do projecto de Deus.