Peregrinação Nacional dos Convívios Fraternos

Em Fátima Decorreu mais uma Peregrinação Nacional dos Convívios Fraternos a Fáti-ma. Desta feita, a 30ª , tendo como orientação de reflexão “Rosário, Força de Paz”.

Munidos do seu Terço e embuídos de espírito peregrino, que cerca de 40 jovens se fizeram à estrada rumo ao Santuário de Fátima. Em caravana lá fomos ao encontro de Maria que nos esperava ansiosa pela visita.

Poderíamos ser poucos, mas fomos suficientes para mostrar a todos os outros as coisas mais simples, que podem ser feitas para fazer surgir no rosto de cada um largo sorriso.

Por entre convivas para quem participar nesta peregrinação é novidade, e convivas para quem o segundo fim-de-semana de Setembro se encontra sempre reservado, esta passagem de testemunho resultou em grande união do grupo e boa disposição ao recordar encontros anteriores. Este é, sem dúvida, um dos pontos mais marcantes para quem vai a este encontro: a facilidade com que se trava diálogo entre “novatos” e “cotas” de qualquer diocese. A confusão das cores, a confirmação de uma cor relacionada com uma diocese, ao que quase inevitavelmente se segue a pergunta: “Como está um rapaz que era assim e assim e fazia isto e aquilo?”. Uma partilha de experiências de várias gerações, com que se vão aprendendo umas coisas e reforçando outras. Histórias como a de uma senhora que ao fim de 65 anos de vida conseguiu realizar um sonho antigo. Trazer um grupo de pessoas de longe, que nunca tinha ouvido falar deste movimento, propositadamente a este encontro. Este facto foi-nos relatado pela própria na hora da partida. Não podemos deixar de contempla-los com o hino do movimento. Uma alegria imensa e emoção profunda estava estampada no rosto da senhora, e não conseguiu evitar contagiar alguns, senão todos nós.

São histórias como esta, ou como a de uma senhora presente na celebração eucarística que completara dois dias antes a bonita idade de 110 anos, que tornam este encontro sempre diferente, sempre especial, sempre cheio de um maior sentido.

Pessoalmente, e sei que não sou o único, não é nas férias que recupero forças para um novo ano de trabalho, mas sim neste encontro, de onde saio cansado fisicamente mas com tanta força e leveza como duas pombas que se puderam ver a pairar sobre o Santuário durante a entrega da comunhão. Estas pombas, um sinal? Talvez. Somos livres. Ele deu-nos a liberdade de escolher. Ou vamos “voar” até Sua Mãe, e já vimos o que nos poderá acontecer por lá; ou podemos ir “voar” para outros destinos e esperar que o que lá encontrarmos nos preencha…

Talvez nos ajude a tomar esta decisão o pedido de Maria: “Rezai o rosário”. Porque este encontro também é composto de oração e reflexão e momentos de uma alegria mais interior. É por vezes nestes momentos que se nos apresenta, vinda não sabemos bem de onde ou se calhar até sabemos, soluções para os nossos problemas, com as quais nunca tínha-mos sonhado.

Muito mais havia a dizer deste encontro. Diz-se que uma imagem vale mil palavras. A melhor forma de ler este acontecimento é ir vivê-lo. Nós fomos e renovamos o que nos diz o Hino dos Convívios Fraternos: Vai pelo mundo mostrar a tua herança… sempre com a certeza de que Maria intercede por todos nós…

Márcio – C.F. 738